Que futuro terá a carreira política do governador Beto Richa? Há quem diga que, com tantas suspeitas e inquéritos sobre malfeitos que pesam contra ele, dificilmente teria chances de concretizar seu sonho de se eleger senador em 2018.

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Até prova em contrário, deve-se presumir sua inocência, mas também não se pode desconhecer a existência de investigações que teriam encontrado fortes indícios de que teria cometido irregularidades ou seria beneficiário de desvios. Por isso mesmo, seu nome aparece em rumorosas operações, desde a Publicano até a Lava Jato, com impacto para suas pretensões políticas.

A última citação é da semana passada, quando o STJ autorizou o Ministério Público Federal a investigá-lo por suposto interesse escuso em processos de licenciamento ambiental no Litoral.

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Reputações arruinadas no mundo político nem sempre representam pena de morte, condenação e rejeição absoluta por quem deveria ser o mais respeitável e definitivo órgão julgador – o eleitorado. Multiplicam-se os exemplos, alguns antológicos, de políticos tidos como campeões da roubalheira, que a cada eleição voltam vitoriosos.

Paulo Maluf, que por décadas foi dado como o mais emblemático protagonista da corrupção, mantém-se impávido colosso como deputado federal de São Paulo, sucessivamente reeleito. Renan Calheiros, que já fora afastado da presidência do Senado e obrigado a renunciar em 2007 quando se descobriu que uma empreiteira pagava a pensão alimentícia para um rebento fruto de relação extraconjugal do senador, não só se reelegeu no pleito seguinte como voltou a presidir o Senado.

Assim, apesar das suspeitas que pesam sobre a honorabilidade do governador, dados os costumes nacionais não se duvide de sua sobrevivência. E que o voto popular, influenciado pela propaganda e pelos caudilhos regionais, não lhe garanta a eleição para o Senado. Conta também com a vantagem de haver duas vagas em disputa para poucos candidatos indiscutivelmente viáveis.

A partir desta quinta-feira (6), Richa passa a contar exatos 12 meses para renunciar ao cargo de governador e se habilitar para uma disputa eleitoral em 2018. O tempo parece curto para recuperar sua imagem ou – como aposta a maioria dos seus adversários – suficientemente longo para que ele se afunde de vez na lama do descrédito e dos processos judiciais.

Sua dificuldade maior ainda é achar quem queira tê-lo como companheiro de chapa. Beto já tentou, até agora sem sucesso, aproximar-se do pré-candidato ao governo Osmar Dias. Restam-lhe ainda a vice-governadora Cida Borghetti e o secretário Ratinho Jr.

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Olho vivo

Justiça tardia

A Justiça foi tão demorada, mas tão demorada, que quando decidiu julgar Ezequias Moreira – o do “caso da sogra fantasma” – o crime já estava prescrito. Aconteceu nesta segunda-feira (3), no Órgão Especial do TJ, onde o processo tramitava desde 2013. Sucessivos pedidos de vista levaram à prescrição e a uma condenação inócua.

Greve geral

Funcionalismo da prefeitura de Curitiba se arregimenta para greve geral a partir do dia 18. Servidores da Saúde e da Educação lideram o movimento. Entre outros motivos, será em protesto contra a ordem de Rafael Greca de suspender o reajuste previsto para este mês.

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Em meio ainda à repercussão negativa do envolvimento de veterinários em práticas de propina na fiscalização de frigoríficos – e que resultaram na trágica Operação Carne Fraca – o Conselho Regional de Medicina Veterinária elege nova diretoria nesta terça-feira (4). Duas chapas concorrem, uma delas (liderada por Nestor Werner, com 40 anos de experiência na área de Defesa Sanitária Animal) promete providências para recuperar a “imagem dos profissionais abalada pela atuação de uma minoria”, diz ele.