O juiz Sergio Moro determinou na manhã desta segunda-feira (1) a soltura da empresária Mônica Moura, mulher do marqueteiro João Santana. Os advogados dela confirmam a decisão.
Mônica Moura, que estava presa havia cinco meses, terá que pagar uma fiança de R$ 28 milhões, valor que já havia sido bloqueado pela Justiça. Não poderá sair do país nem se encontrar com outros investigados.
Segundo Fabio Tofic Simantob, advogado dela e de Santana, a defesa comemora. “Depois do interrogatório deles e do operador Zwi Skornicki, isentando-os de corrupção, não faria mais sentido mantê-los presos”, afirma.
O publicitário também pode ser solto nos próximos dias, caso os advogados apresentem petição neste sentido.
Moro considerou que a prisão não era mais “absolutamente necessária” já que a fase de instrução do processo está no fim e o casal está disposto a “esclarecer os fatos”. Eles estão negociando acordo de delação premiada com a Justiça.
Moro também considerou que a situação do casal difere da de operadores profissionais de lavagem de dinheiro, empreiteiros corruptores, agentes de estatais e políticos beneficiários de caixa dois.
Ressaltou, no entanto, que isso não minimiza a gravidade da conduta de ambos que está sendo investigada.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”