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Começou às 10h20 desta quinta-feira (6) a primeira reunião de trabalho da CPI da Petrobras, instalada no dia 14 de julho. Nesta reunião, o relator da comissão, Romero Jucá (PMDB-RR), apresentará seu plano de trabalho para as investigações. A tendência é que sejam votados também requerimentos pedindo informações e a tomada de depoimentos.

O primeiro embate da CPI deve se dar em torno da forma como serão chamados os interrogados. A base aliada pretende apenas convidar, enquanto a oposição quer convocar as pessoas. A diferença é que na convocação o depoente é obrigado a comparecer e tem de fazer um juramento se comprometendo a dizer a verdade.

A Petrobras está no centro de denúncias envolvendo supostas irregularidades em repasses de royalties a prefeituras, sonegação fiscal, superfaturamento em contratos de construção de plataformas, entre outros fatos. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) também será alvo das investigações.

O senador João Pedro (PT-AM) é o presidente da comissão, e Marcelo Crivella (PRB-RJ), o vice-presidente. O senador Romero Jucá (PMDB-RR) foi indicado para ser o relator dos trabalhos.

O último embate sobre a CPI aconteceu em julho, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva levantou o tom das críticas contra a criação da comissão e questionado sobre as declarações da oposição no Senado de que "a CPI pode acabar em pizza temperada com pré-sal", por ter apenas governistas no comando, respondeu: "Depende. Todos eles são bons pizzaiolos".

Lula disse também que haviam gestos de irresponsabilidade na criação da CPI, porque as investigações poderiam ser feitas pela Receita Federal ou outros órgãos do governo.

No dia seguinte, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) anunciou que um grupo de senadores deu entrada na Mesa Diretora da Casa com um requerimento de voto de censura contra o presidente, repudiando a fala de Lula sobre pizzaiolos.

O requerimento foi protocolado na Mesa Diretora da Casa e agora segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), para ter a admissibilidade analisada. Se for aprovado na CCJ, o requerimento retorna ao plenário para ser referendado pelos senadores.

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