Cinco membros da Comissão de Ética Pública da Presidência da República já declararam apoio, nesta segunda-feira (21) à abertura de um processo contra o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). O colegiado tem sete membros. Apesar da maioria, o processo não foi aberto imediatamente porque um dos conselheiros pediu vista – o que adiará a decisão para o dia 14 de dezembro.
O presidente da Comissão de Ética, Mauro Menezes, informou que cinco conselheiros declararam voto pela abertura de um processo após a denúncia feita pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero – de que Geddel o pressionou para liberar a construção de um empreendimento imobiliário em Salvador.
Os conselheiros podem mudar o voto até a decisão final, mas cinco deles pediram para expressar suas posições de imediato.
Também nesta segunda-feira (21), o secretário-executivo do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), Moreira Franco, um dos assessores mais próximos do presidente Michel Temer, não descartou que Geddel venha a ser demitido.
O caso
O ex-ministro da Cultura Marcelo Calero acusou o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, de manipulação. Segundo Calero, Geddel teria lhe pressionado para liberar um empreendimento imobiliário em Salvador, que estaria sendo impedido de ser tocado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão subordinado à Cultura, onde ele teria comprado um apartamento.
- Além do Iphan, MPF também pediu suspensão da obra do ‘prédio de Geddel’
- Ministro já tinha feito lobby para liberar outro prédio de luxo em Salvador
- “Vou deixar o cargo por isso? pelo amor de Deus!”, diz Geddel
- Saída de ministro da Cultura abre nova crise no governo Temer
- ‘Claramente um caso de corrupção’, diz Calero sobre pressão de ministro
Governo quer limitar uso de armas por policiais e vincular verbas federais a novas normas
“Extremamente grave”, diz médico de Lula sobre sangramento e risco de morte
Indústria pede que Lula vete “jabutis” que encarecem conta de luz em 9%
Frente do agro cobra investigação imparcial sobre “ações isoladas” a Braga Netto