Das 65 cadeiras da comissão especial que vai analisar o pedido de impeachment na Câmara Federal, duas podem ser ocupadas por paranaenses. Os deputados federais pelo PMDB João Arruda e Sergio Souza estão cotados pelo líder da legenda na Casa, Leonardo Picciani (RJ), que procura, dentro da bancada, perfis “moderados” para as vagas, ou seja, nomes que ainda não se manifestaram publicamente se são favoráveis ou contra o impeachment da presidente da República Dilma Rousseff (PT).
Em entrevista à Gazeta do Povo, Arruda confirmou que foi consultado por Picciani e informou ao líder que aceitaria o desafio. Os nomes, contudo, só serão confirmados às 18 horas desta segunda-feira (7). O prazo – antes até as 14 horas – foi esticado, tamanha a briga dentro das legendas pelas cadeiras.
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A partir das indicações, a comissão especial será eleita, ainda nesta segunda-feira (7), durante sessão extraordinária marcada para começar às 18 horas. O grupo será formado por 65 deputados federais e igual número de suplentes. Ganham mais cadeiras aqueles partidos com mais representatividade na Casa.
A comissão especial será responsável por produzir e analisar um parecer sobre o pedido de impeachment . O documento depois segue ao plenário. Se o parecer da comissão especial recomendar o impeachment, são necessários os votos de 342 (dois terços da Casa) dos 513 parlamentares para confirmar a decisão. Se o parecer indicar o arquivamento do pedido de impeachment, o entendimento deve ser confirmado através dos votos da maioria.
A reportagem não conseguiu falar com o deputado federal Sergio de Souza, que foi a França, em função da 21ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21), e deve retornar nesta segunda-feira (7) ao Brasil. No Congresso Nacional, Souza é relator da Comissão Mista de Mudanças Climáticas.
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