O Conselho de Ética da Câmara julga nesta terça-feira o processo de cassação do deputado paranaense José Janene (PP), acusado de ter sido um dos beneficiários do esquema do mensalão. A previsão é de que o parecer do relator, Jairo Carneiro (PFL-BA), a favor da cassação, seja aprovado com ampla maioria pelo colegiado. O presidente do Conselho, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), já convocou uma reunião do colegiado para sexta-feira (09), caso na reunião desta terça algum deputado peça o prazo regimental de duas sessões e atrase a votação do parecer.

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Janene é acusado de ser um dos beneficiários de R$ 4,1 milhões repassados à direção do PP pelo empresário Marcos Valério. Nem o deputado, nem as testemunhas do caso aceitaram prestar depoimento ao conselho.

O deputado paranaense sofre de cardiopatia grave e entrou de licença médica em setembro do ano passado. Com isso, deixou de comparecer ao Conselho de Ética por várias vezes. Ele pediu aposentadoria da Câmara por invalidez, mas a Comissão de Constituição e Justiça recomendou ao presidente da Casa, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que aguardasse a conclusão do processo para tomar uma decisão sobre o assunto.

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A expectativa, segundo o relator, é de que ainda este mês o processo seja votado no plenário da Câmara.

Janene é o último parlamentar denunciado pela CPI dos Correios a ser julgado. Da lista de 19 deputados suspeitos de terem se beneficiado dos repasses ilegais do valerioduto, foram cassados os mandatos de apenas três acusados: Roberto Jefferson (PTB-RJ), José Dirceu (PT-SP) e Pedro Corrêa (PP-PE).

O plenário absolveu onze deputados: Sandro Mabel (PL-GO), Pedro Henry (PP-MT), Romeu Queiroz (PTB-MG), Roberto Brant (PFL-MG), Professor Luizinho (PT-SP), João Magno (PT-MG), João Paulo Cunha (PT-SP), Wanderval Santos (PL-SP), José Mentor (PT-SP), Josias Gomes (PT-BA) e Vadão Gomes (PP-SP).

No Paraná, Janene é réu em 13 ações civis públicas, acusado de ser beneficiário de esquema de corrupção em Londrina, região Norte do estado. No Supremo Tribunal Federal existem 11 inquéritos e uma ação penal contra ele.

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