O presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PTB-SP), anunciou nesta quinta-feira as datas para apreciação dos relatórios sobre o pedido de cassação de dois parlamentares. O parecer do caso do deputado Sandro Mabel (PL-GO) será lido na próxima segunda-feira, podendo ser votado logo em seguida. A votação pode ser adiada caso seja aceito um possível pedido de vista.
Na terça-feira será a vez do parecer sobre o deputado Romeu Queiroz (PTB-MG) ser votado - ele já foi lido nesta quarta-feira. O deputado Josias Quintal (PMDB-RJ), relator do processo contra Queiroz no Conselho de Ética, pediu a cassação do parlamentar mineiro, por entender que ele quebrou o decoro ao infringir artigo da Constituição sobre as normas do Congresso.
Queiroz é acusado de ter recebido R$ 350 mil da SMP&B, empresa de publicidade do empresário Marcos Valério de Souza, além de outros R$ 50 mil que foram depositados em sua conta pessoal, também pelo esquema de Valério.
Nesta quinta-feira, Queiroz disse estar confiante de que não perderá o mandato. Ele contou que sabia dos saques de R$ 350 mil feitos por seu partido nos bancos Rural e do Brasil. O deputado afirmou, no entanto, que essa operação não se tratou de uma prática de caixa dois e sim de uma doação repassada pelo PT para o PTB, por intermédio da SMP&B Comunicação.
O deputado contou ainda que o diretório mineiro do PTB apenas emprestou um funcionário, que fez o saque e levou a quantia até Brasília. Queiroz explicou que, quando a operação foi feita, em janeiro de 2004, ele estava em férias na Bahia com a família. O deputado disse desconhecer detalhes da transação.
- Já ficou comprovado que eu não usei esse dinheiro em benefício próprio. Não botei nenhum centavo no bolso, não roubei, não paguei ninguém - afirmou.
"As ações do parlamentar ferem frontalmente ao Código de Ética, que impõe ao deputado os deveres fundamentais de respeitar e cumprir a Constituição, as leis e as normas internas do Congresso" diz o voto de Quintal.
O relator afirmou ainda que as operações "revelam a intenção de ocultar, seja nos registros bancários, seja na contabilidade partidária, não apenas a origem como também a destinação dos recursos recebidos". Quintal disse também que, como presidente regional do PTB, Queiroz era responsável pelo recebimento das doações em Minas Gerais e pela prestação de contas.
A representação contra Queiroz foi feita ao Conselho de Ética pelo PL e assinada pelo ex-deputado Valdemar Costa Neto, como presidente da legenda. O deputado Nelson Marquezeli (PTB-SP) assinalou que não viu no relatório qualquer transgressão do Código de Ética e pediu vista do parecer e a votação teve que ser adiada por duas sessões.
Médicos afirmam que Lula não terá sequelas após mais uma emergência de saúde em seu 3º mandato
Saúde de Lula ameaça estabilidade do Governo em momento crítico; acompanhe o Sem Rodeios
Mudanças feitas no Senado elevam “maior imposto do mundo” para 28,1%
Congresso dobra aposta contra o STF e reserva R$ 60 bi para emendas em 2025
Deixe sua opinião