A reunião do Conselho de Ética do Senado, realizada na manhã desta quarta-feira, deixou claro que não será possível cumprir o prazo de 2 de novembro, acertado para conclusão de todos os processos abertos contra o presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O presidente do Conselho, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), sequer escolheu o relator da quinta representação, que vai investigar denúncia de que Renan teria montado um esquema de arapongagem para espionar senadores favoráveis à cassação de seu mandato.
Aliado de Renan, o senador Almeida Lima (PMDB-SE), relator do processo que investiga denúncia de que o senador alagoano comandaria um esquema de desvio de recursos em ministérios comandados pelo PMDB, disse que não tem prazo para terminar seu relatório.
O relator do processo que investiga se Renan teria usado laranjas para ocultar sociedade em emissoras de rádio em Alagoas, Jefferson Peres (PDT-AM), pediu prazo até 15 de novembro para concluir o parecer. Segundo o pedetista, o prazo de defesa concedido a Renan só termina no próximo sábado. Jefferson Peres quer ouvir o usineiro João Lyra, que disse ter sido sócio de Renan. João Lyra já foi ouvido uma vez em Alagoas pelo corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), mas se nega a vir depor em Brasília alegando já estar com idade avançada.
Já o relator João Pedro (PT-AM) pediu prazo até 30 de novembro para conclusão da investigação de denúncia de que Renan teria favorecido a cervejaria Schincariol.
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