O projeto executado pelo consórcio Via Amarela para a construção da estação Pinheiros não é o mesmo apresentado pelo metrô na licitação da obra. O coordenador do projeto da linha amarela, Celso Rodrigues, diz que a mudança é "perfeitamente plausível" no contrato assinado entre a empresa e o governo do estado.
- Temos um projeto básico, que recebemos do metrô na época da licitação. É uma referência. A partir de investigações adicionais, você toma decisões que podem ser de otimizar o projeto ou criar novas metodologias - disse.
De acordo com Rodrigues, o projeto base da estação Pinheiros não previa a instalação de tubos metálicos na calota (parte superior do túnel) nem a colocação de uma cambota - barras de aço de 20 mm de espessura soldadas em forma de arco.
A idéia original previa chumbadores no teto da futura estação e na rocha.
- Como a região da rocha do teto não era tão sã como se previa, tivemos de mudar esse processo, criando tubos metálicos injetados e uma cambota - diz o coordenador.
Rodrigues ressalta que as mudanças não significam, necessariamente, redução de custos.
- Os custos subiram 25% por causa dessa mudança.
Rodrigues ainda diz que o projeto original tinha 10 furos de sondagem (furos feitos no solo para determinar qual é seu tipo). Quando o consórcio venceu a licitação, fez mais 16 furos. Esse procedimento fez com que fossem descobertas diferenças na geologia do local e o projeto original foi mudado.
- Foram serviços adicionais necessários que, além de mais demorados na execução, eram mais caros que o projeto original.
Segundo o gerente de administração contratual do consórcio, Wagner Marangone, a cambota é muito segura.
- Se ela não tiver agüentado, teremos de mudar todos projetos do mundo.
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