A equipe do Corpo de Bombeiros está de prontidão no local do desabamento das obras na estação Pinheiros na linha 4 (Amarela) do Metrô de São Paulo, na Zona Oeste da capital, mas só vai retomar o resgate caso a Polícia Civil informe que tem indícios de que o contínuo Cícero Augustinho da Silva, de 60 anos, desaparecido desde o dia do desabamento, esteja soterrado no local.
A família suspeita que Cícero estivesse na região do desabamento no momento do acidente. A polícia, porém, ainda não tem indícios de que ele seria a sétima vítima do desmoronamento.
"Desde o início, trabalhamos com a hipótese de seis vítimas. Achamos seis vítimas. Tudo o que a gente tinha previsto no início, aconteceu", afirmou o capitão Mauro Lopes, porta-voz do Corpo de Bombeiros, na manhã desta sexta-feira (19).
"Os bombeiros trabalham com informação precisa", complementou Lopes. Segundo ele, a polícia ainda investiga vestígios da presença de Silva na região. O capitão informou também que não é considerada a possibilidade de haver ainda outro desaparecido além de Cícero no local.
Outras vítimas
Na quinta-feira, três corpos foram retirados do microônibus tragado pela cratera aberta na Rua Capri, que passa sobre o túnel que liga as futuras estações Pinheiros e Faria Lima. Durante a tarde, foram identificados os corpos do motorista Reinaldo Aparecido Leite, de 47 anos, e do cobrador Wescley Adriano da Silva, de 22 anos. Na manhã desta sexta, foi identificado o último corpo, do funcionário público Márcio Alambert, de 31 anos.
O primeiro corpo a ser encontrado nos escombros do desabamento foi o da aposentada Abigail Rossi, de 75 anos, na madrugada de segunda-feira (15). Em seguida, na terça (16), foram retirados os corpos da bacharel em direito Valéria Marmit, de 37 anos, e na quarta (17), o do motorista de caminhão Francisco Sabino Torres, que trabalhava na obra.
Na madrugada, os bombeiros resgataram o microônibus dos escombros do Metrô. Com a retirada da carcaça do veículo, o Corpo de Bombeiros considerou encerrado o trabalho na área do desabamento.
De acordo com o coordenador metropolitano dos bombeiros, Coronel João dos Santos, a corporação considera a ocorrência encerrada e que não há hipóteses de que haja mais vítimas.
Para o coordenador metropolitano dos bombeiros, Coronel João dos Santos, o desaparecimento do contínuo Cícero Augustinho da Silva, de 60 anos, não está relacionado ao desabamento. Segundo ele, cerca de 60 pessoas são consideradas desaparecidas por dia em São Paulo.
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