A construção da barragem da hidrelétrica no Rio Tibagi deve inundar uma área de 99,3 quilômetros quadrados. São quase 10 mil hectares entre os municípios de Ortigueira e Telêmaco Borba, que ficam no corredor entre Londrina e Ponta Grossa. Caso a construção da Usina de Mauá se torne realidade, ela deve produzir 382,2 megawatts, num investimento de US$ 320 milhões. A área da barragem atinge 200 propriedades, além de uma reserva ambiental pertencente à indústria Klabin. A estimativa é de que 258 famílias, que vivem nas propriedades rurais atingidas. Uma comunidade ribeirinha de 98 famílias poderá ter de ser removida.

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Prefeitos dos municípios da região apostam na possibilidade de desenvolvimento, principalmente com a geração de empregos e pagamento de royalties pelas áreas inundadas. Pareceres técnicos indicam que a obra prejudica comunidades indígenas, além de provocar danos ambientais irreversíveis, uma vez que 15 espécies ameaçadas de extinção vivem às margens do Rio Tibagi. A área de inundação ainda inclui sítios arqueológicos. Estudos capitaneados pela ONG Liga Ambiental mostram que a futura barragem pode acabar com uma área de megabiodiversidade, comparável aos trechos mais bem conservados da Floresta Atlântica. Além da Usina de Mauá, está sendo estudada a viabilidade técnica de outras seis hidrelétricas na bacia do Tibagi.

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