O engenheiro Arthur Gomes Teixeira, sócio da Procint Projetos e Consultoria, afirmou ontem que jamais pagou propina para políticos tucanos, nem de outros partidos.

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Ele desmentiu o ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer, personagem emblemático do caso - em relatório encartado nos autos do inquérito da Polícia Federal sobre o cartel de trens que teria operado em governos do PSDB de São Paulo, entre 1998 e 2008, Rheinheimer diz ter ouvido de Teixeira que os deputados Arnaldo Jardim (PPS/SP ) e Edson Aparecido, secretário chefe da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin, teriam sido destinatários de "parte da comissão" paga por 8 empresas à Procint.

"Isso é uma mentira, algo sem qualquer fundamento", reage Teixeira, a quem o Ministério Público atribui o papel de lobista do cartel. "Eu jamais poderia ter comentado com ele (Rheinheimer) uma coisa que não fiz. Conheci o sr. Edson Aparecido e o deputado Jardim em eventos do setor metroferroviário, inaugurações. Nos meus negócios nem o Jardim e nem o sr. Edson tiveram qualquer tipo de influência. É evidente que não paguei nada. O Edson é uma pessoa muito simpática, a gente se viu umas poucas vezes, em eventos ligados à Secretaria dos Transportes ou em seminários. Eu tenho uma boa impressão dele, mas nunca tive nenhuma relação profissional com ele."

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Teixeira, de 78 anos, é um homem claramente angustiado e indignado com o envolvimento de seu nome na trama do cartel que alimenta a guerra política entre o PSDB e o PT. "Não posso mais carregar o carimbo de lobista, pagador de propinas, personagem central de um caso onde não há lugar para mim." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.