O ex-presidente da Câmara Federal e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi transferido na tarde desta segunda-feira (19) da carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba, para o Complexo Médico Penal, uma penitenciária em Pinhais, na região metropolitana. A mudança de local de detenção ocorreu contra a vontade da defesa do ex-deputado, que alegou que mudança tem a intenção de fazê-lo assinar um acordo de delação premiada.
A penitenciária estadual é destinada a presos de regime fechado e tem finalidades médicas. Hoje, abriga outros políticos investigados na Operação Lava Jato, como o ex-ministro José Dirceu e os ex-deputados Luiz Argôlo e André Vargas.
Antes de seguir para o novo local de detenção, Cunha passou pelo prédio da Justiça Federal, também em Curitiba, onde passaria por uma audiência por videoconferência para a Justiça no Distrito Federal. A audiência acabou não acontecendo por causa de uma liminar em habeas corpus que a defesa dele conseguiu para que houvesse um adiamento da sessão. Ele ficou no prédio menos de 20 minutos e foi levado em uma viatura da PF para a penitenciária.
Cunha iria acompanhar o depoimento de testemunhas de acusação no processo que apura suposto esquema de desvios para a liberação de recursos do Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS), administrado pela Caixa Econômica Federal. Ele não seria ouvido nesta segunda-feira. O caso corre na primeira instância da Justiça Federal do Distrito Federal.
A decisão de transferir Cunha foi tomada na última sexta-feira (16) pelo juiz federal Sergio Moro. A PF fez o requerimento no início da semana, alegando lotação da carceragem. No despacho, Moro afirmou que o espaço na PF é limitado e se destina apenas a espaço de passagem dos presos. Ele disse ainda que as condições do Complexo Médico Penal são consideradas “boas”.
Na mesma decisão, Moro negou os pedidos de transferência do ex-tesoureiro do PP João Claudio Genu e do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro.
Cunha foi preso em outubro deste ano, acusado de receber propina referente a contrato da Petrobras de compra de um campo petrolífero em Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro. A prisão dele foi pedida pelo Ministério Público Federal (MPF), para não comprometer as investigações.
Moraes impede viagem de Bolsonaro aos EUA para participar da posse de Trump
Mudança no monitoramento de conteúdo do Facebook põe em xeque parceria com o TSE
Após derrota do governo com o Pix, grupo vai acionar Nikolas Ferreira na Justiça; assista
Como o caso do monitoramento do Pix virou uma enorme derrota para o governo Lula