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Os controladores de vôo civis de Rio de Janeiro e Brasília decidiram, em assembléia no Rio de Janeiro nesta segunda-feira, entrar em estado de greve, segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Proteção ao Vôo, Jorge Carlos Botelho.

De acordo com ele, São Paulo e as demais localidades "também vão se engajar no movimento".

"O estado de greve não significa que haverá obrigatoriamente problemas e transtornos nos aeroportos no feriado prolongado. É apenas um alerta", disse Botelho, referindo-se à Semana Santa.

"O governo se comprometeu a promover uma série de mudanças do controle aéreo e por enquanto decidimos pelo estado de greve. Dentro de 15 dias vamos reavaliar o movimento", acrescentou Botelho.

Os controladores aéreos civis defendem a desmilitarização do controle aéreo nacional.

Em nota divulgada nesta segunda, o sindicato pede "perdão a quem está sofrendo com os fatos acometidos nos últimos dias. Porém, não nos foi possível visualizar algum outro modo de sensibilizar o governo para a necessária desmilitarização do setor".

Na última sexta-feira, os controladores de vôo militares fizeram um motim em Brasília, o que gerou uma paralisação nos aeroportos de todo o país.

O motim só foi encerrado na madrugada de sábado, quando o Palácio do Planalto divulgou que havia sido fechado um acordo entre governo e controladores.

Pelo acordo, não haverá punições aos amotinados e serão abertas negociações para a desmilitarização do sistema de controle de tráfego aéreo no Brasil. O governo também se comprometeu a negociar um aumento nos salários da categoria.

Na terça-feira, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, receberá controladores de vôo para tratar da edição de uma medida provisória retirando a função da carreira militar.

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