A Controladoria-Geral do Município aponta indícios de que a empresa Rede Seg Gráfica e Editora, que recebeu R$ 6,5 milhões da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT), está registrada no nome de um “laranja”. A apuração do órgão da Prefeitura de São Paulo foi aberta depois que a Folha de S.Paulo revelou em julho que a empresa não tem nenhum funcionário registrado e seus documentos apontam como presidente o motorista Vivaldo Dias da Silva, que em 2013 recebia R$ 1.490.
Em relatório preliminar, a Controladoria-Geral ressalta que a empresa é vinculada a um grupo empresarial e, citando trecho da reportagem da Folha, afirma que o motorista “não passaria de um laranja”.
Em julho, quando a reportagem visitou a sede da gráfica, foi recebida por Rogério Zanardo, o qual disse que a Rede Seg pertence à sua família e o motorista não é dono, mas funcionário da empresa.
O documento do órgão da Prefeitura de São Paulo enumera indícios de que a Rede Seg seria controlada pela família de Rogério Zanardo, que é um dos sócios de outra gráfica chamada Grafitec.
Ameaçado, relator das contas de Dilma no TCU reforça segurança pessoal
Leia a matéria completa“A Rede Seg tem como sócio Vivaldo Dias da Silva, ex-funcionário da Graftec, e atualmente motorista da Artecnica Eireli de Kátia Regina Zanardo, irmã de Rogério e Rodrigo Zanardo. Em declarações prestadas à Folha, Rogério afirmou que a Rede Seg pertence à sua família, esclarecendo que Vivaldo é apenas motorista da empresa. Logo, Vivaldo não passaria de um laranja”, aponta o relatório.
As sete armadilhas do pacote anticrise
Leia a matéria completaConluio
A apuração da Controladoria-Geral foi instaurada para apurar suspeita de conluio em um processo licitatório do qual participaram a Rede Seg e a Grafitec. A Rede Seg havia ficado em segundo lugar em pregão eletrônico, realizado no dia 4 de julho, no qual venceu a Grafitec para a oferta de serviços gráficos para a Secretaria de Direitos Humanos de São Paulo, em contrato no valor R$ 4,3 milhões.
Na época, após a reportagem da Folha, a Prefeitura de São Paulo suspendeu o resultado e pediu que a Controladoria-Geral investigasse as duas empresas.
Segundo o relatório preliminar, as procurações apresentadas pelas gráficas para participar do processo licitatório tinham “redação e formatação” semelhantes. Ele aponta ainda que as assinaturas do motorista na procuração, contrato social e declaração para participar da licitação “não coincidem com aquelas expressas nas propostas”. “Além disso, as propostas ostentam idêntica formatação, possuindo inclusive erros comuns”, ressalta.
Com os indícios encontrados, o órgão da Prefeitura de São Paulo instaurou um processo administrativo que poderá levar à punição das gráficas, com a possibilidade de serem declaradas inidôneas.
Esquerda tenta mudar regra eleitoral para impedir maioria conservadora no Senado após 2026
Falas de ministros do STF revelam pouco caso com princípios democráticos
Sob pressão do mercado e enfraquecido no governo, Haddad atravessa seu pior momento
Síria: o que esperar depois da queda da ditadura de Assad
Deixe sua opinião