Aloizio Mercadante conversou com a presidente Dilma na manhã desta quarta (30) e selou a troca de pasta.| Foto: Ueslei Mercadante/Reuters

Após conversar com a presidente Dilma Rousseff na manhã desta quarta-feira (30), o ministro Aloizio Mercadante foi convencido a trocar de pasta: irá deixar a Casa Civil, que entre outras atividades ajuda na articulação política do governo, para assumir o Ministério da Educação. A informação é do jornal Folha de S.Paulo. Mercadante já ocupava a pasta antes de assumir a gerência do Planalto.

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A troca foi a saída encontrada por Dilma para acalmar aliados, bastante insatisfeitos com a maneira com que o ministro estava conduzindo o governo.PMDB e boa parte do PT trabalharam nos bastidores pela substituição. O ex-governador da Bahia e atual ministro da Defesa Jaques Wagner é o mais cotado para assumir a Casa Civil – Dilma atenderia assim a um pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Fechando o pacote, Aldo Rebelo deixaria a Ciência e Tecnologia para assumir a Defesa, com a antiga paste de Rebelo migrando para o PSB, partido que virou oposição nas eleições do ano passado, quando lançou primeiramente Eduardo Campos, morte em agosto do ano passado após acidente aéreo, e posteriormente Marina Silva ao Planalto.

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Há algumas semanas, Dilma havia negado intenção de substituir seu fiel escudeiro. Nesta terça-feira (29), porém, aliados de Mercadante que descartavam sua saída passaram a considerar a troca como inevitável.

Acomodar o PMDB

A troca serve também para acomodar o PMDB, principal partido aliado. A presidente Dilma Rousseff deve informar nesta quarta qual será o sétimo ministério que a sigla comandará após o fim da reforma ministerial. “Não tem nada definido. Amanhã [quarta, 30] a presidente vai chamar o PMDB para apresentar uma proposta”, disse uma das fontes ouvida pela reportagem.

No Palácio do Planalto as especulações são de que a presidente poderia oferecer ao partido o Ministério da Cultura, cujo titular hoje é o petista Juca Ferreira.

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Inicialmente, os deputados do partido miravam uma pasta com mais orçamento, na área de infraestrutura – de preferência a que uniria Portos e Aviação Civil, mas que não chegará a existir, já que Dilma decidiu deixar as duas pastas separadas para abrigar Eliseu Padilha e, em princípio, Helder Barbalho, filho do senador Jader Barbalho, que perderá o cargo no Ministério da Pesca, a ser reincorporado à pasta da Agricultura.

Lula

O ex-presidente Lula é esperado em Brasília nesta quarta para ajudar nas negociações da reforma. Uma de suas missões é acalmar o PT, insatisfeito com a perda da Saúde e com a fusão de três secretarias (Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos) no Ministério da Cidadania.