Curitiba Com poucas esperanças de conseguir a federalização da rede estadual de ensino superior, o meio universitário paranaense está apostando suas fichas na possibilidade de estabelecer convênios com a União, para complementar com recursos federais o orçamento das universidades estaduais. O reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), professor Paulo Roberto Godoy, destaca a importância da inclusão dessa possibilidade na versão final do anteprojeto da reforma universitária, por sugestão da Associação Brasileira de Reitores de Universidades Estaduais e Municipais (Abruem). Na opinião do reitor, para o governo federal conseguir atingir a meta de ter 40% das vagas públicas até 2011, a maneira mais eficaz seria ampliar as vagas na rede estadual, aproveitando a estrutura já existente, e tendo como contra-partida o repasse de recursos federais.
O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldair Rizzi, também considera muito remota a possibilidade de federalização das universidades estaduais. De acordo com o secretário, o governo está reivindicando que os recursos do estado investidos em ensino superior possam ser compensados mediante abatimento da dívida pública do Paraná com a União. Segundo Rizzi, a bancada paranaense pretende apresentar um projeto de lei que regulamente essa compensação, já que não há sinal por parte do governo de aceitar a proposta. (MRS)
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