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O presidente da CPI do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), disse que não vai permitir a votação em bloco dos pedidos de convocação dos governadores Marconi Perillo (PSDB-GO), Agnelo Queiroz (PT-DF) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ), contrariando desejo da oposição, em especial o dos tucanos. Nos bastidores, o PMDB utiliza este discurso para evitar a convocação de Cabral, que vem disparando telefonemas para os caciques do PMDB, alegando que sua amizade com Fernando Cavendish, dono da construtora Delta, não tem nenhuma relação com o caso Cachoeira.

O senador disse que sua posição é de presidente da CPI e não de integrante do PMDB. Para ele, as situações dos três governadores são completamente diferentes e só se vota em bloco quando as situações são iguais. "São fatos diferenciados. As provas são diferentes, os posicionamentos são diferentes. Não existe nenhuma história de votação em bloco. Quem defende isso, defende politicamente uma posição. São situações jurídicas diferentes de A, B ou C. Como presidente, não discuto a convocação de A, B ou C", disse Vital do Rêgo.

O presidente da CPI disse ainda que há uma previsão de depoimentos, que só terminam no final de maio, e que, para mudar isso, seria preciso um acerto na próxima reunião administrativa, marcada para o dia 17. A oposição quer a votação em bloco, na esperança de que haja um acerto para que nenhum governador seja convocado. O líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), disse que quer a votação em bloco e vai propor isso na reunião da CPI. Ele reagiu com uma gargalhada ao discurso do PT e do PMDB de que não há necessidade de se chamar Agnelo ou Cabral, apenas Perillo.

"O Perillo já se dispôs a vir. Ele não é o problema. Queremos a votação em bloco das três convocações", disse o tucano. O senador Romero Jucá (PMDB-RR), que conversou com Cabral na semana passada, disse que não há relação entre o governador e o caso Cachoeira. Para Jucá, não se pode confundir uma amizade pessoal de Cabral com o dono da Delta, Fernando Cavendish, que se afastou da presidência da empresa, com as investigações sobre ações ilegais de Carlos Cachoeira. Para o senador, nenhum governador deve ser chamado com base apenas no que já foi divulgado. "Tem que se investigar mais. Não se pode expor assim um governador", disse Jucá.

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