Corpo de Bombeiros encontrou há pouco o corpo de Abigail Rossi de Azevedo, de 75 anos, que estava desaparecida desde a última sexta-feira, dia em que aconteceu o acidente na Estação Pinheiros do Metrô. A aposentada não resistiu aos ferimentos.
Abigail seguia para uma consulta médica no momento do desastre. O marido da aposentada esperava por ela na Estação Pinheiros da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. A família disse que ela era uma pessoa muito ativa e praticava natação.
Os bombeiros agora procuram as outras seis vítimas que estariam soterradas no local. Homens do resgate estão trabalhando para a retirada da van soterrada em um dos túneis da estação, mas, segundo o Coronel Santos, o trabalho no local é muito difícil e perigoso. Na noite deste domingo, dois novos desmoronamentos de terra no canteiro de obras prejudicando a retirada da lotação sob os escombros.
- Conforme nos aproximávamos da van, a terra caía. Tivemos que sair correndo em um dos deslizamentos e somente a máquina que fazia as escavações ficou no local, parcialmente soterrada - disse.
Segundo o coronel, não houve feridos nesse soterramento em um dos túneis da Estação Pinheiros. Os bombeiros estão a 3 metros da van soterrada e os trabalhos para a retirada do veículo devem durar aproximadamente 3 horas. As buscas neste momento continuam apenas pela superfície.
Neste domingo, durante visita à estação, o governador José Serra disse ser pouco provável que os bombeiros ainda encontrem sobreviventes , mas diz que torce para isso.
O túnel por onde os bombeiros trabalhavam está obstruído. Serra chegou a ver a van por uma imagem de vídeo dos bombeiros. Mas agora, com o novo desmoronamento, a van está encoberta novamente.
- Há muitos imprevistos nos trabalhos dos bombeiros - afirmou Serra.
O desabamento aconteceu na última sexta-feira, às 15h, na altura do número 7.000 da Marginal Pinheiros. Pelo menos 4 pessoas ficaram feridas e 6 ainda estão desaparecidas.
Os bombeiros avistaram a van na tarde deste domingo. Ela pertence à cooperativa Transcooper e fazia a linha Pinheiros/Casa Verde. No momento do desabamento, acredita-se que o veículo passava pelo local.
Continuam desaparecidos Reinaldo Aparecido Leite, de 43 anos, o motorista da van; Wescley Adriano Silva, de 22, cobrador da lotação; Márcio Rodrigues Alambert, de 31, funcionário público; Francisco Silvino Torres, de 47 anos, motorista de um dos caminhões que trabalhavam na obra; e a advogada Valéria Marmit, que também pode estar dentro da van soterrada. A identidade do outro suposto passageiro da van ainda não é conhecida.
As famílias dos desaparecidos permanecem no local. A apreensão é grande e os parentes reclamam da falta de notícias.
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, em visita na tarde deste domingo ao local do acidente, confirmou que a volta do rodízio de veículos na capital não será antecipada. O rodízio continuará suspenso. As pistas da Marginal Pinheiros permanecerão interditadas pelo menos até às 20h desta segunda-feira. Mas as vias podem ser liberadas antes, se houver condições.
No final do sábado e começo deste domingo, as 56 casas que correm risco de desabar na região começaram a ser demolidas .Além de uma residência condenada com o acidente, parte de um estacionamento também foi demolida. Os moradores da região ainda estudam entrar com ação na Justiça contra o estado e o consórcio de empreiteiras da obra .
Segundo o governador José Serra, o acidente não vai alterar o cronograma de obras do Metrô. A previsão de entrega de parte da linha 4 é no primeiro semestre de 2009.
De acordo com o consórcio Via Amarela, que realiza as obras do ramal, as fortes chuvas que caíram na capital paulista entre dezembro e o começo de janeiro podem ter causado o desabamento . O consórcio descartou ainda negligência ou falhas que possam ter causado o acidente. Um engenheiro do consórcio admitiu que o teto da laje cedeu antes do desabamento e havia trincas.
Por causa das interdições, os comerciantes da região alegam prejuízos de 50% . As duas pistas da Marginal Pinheiros, sentido Castello Branco, tiveram de ser interditadas.
As causas do desabamento ainda não estão esclarecidas. A Prefeitura e o Metrô dizem que só vão se pronunciar após os laudos periciais. Testemunhas afirmaram que um bloco de concreto pode ter caído de um guindaste. Segundo especialistas, no entanto, o tipo de solo arenoso favorece acidentes . Apesar disso, autoridades do governo estadual garantiram que o túnel que já passa sob o Rio Pinheiros não está comprometido.
Pelo menos 42 famílias foram retiradas de cerca de 56 casas do local. Cerca de 132 pessoas foram alojadas em hotéis. A Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana reforçaram o policiamento na região para evitar roubos às residências.
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