Corpo do deputado Max Rosenmann é sepultado neste domingo
- RPC TV
O corpo do deputado federal Max Rosenmann foi sepultado por volta das 16h30 deste domingo (26) no Cemitério Israelita Santa Cândida em Curitiba, Paraná. O velório aconteceu durante toda a madrugada na Assembléia Legislativa do Paraná.
Personalidades do cenário político paranaense e do Brasil compareceram ao velório, entre eles Michel Temer, Caíto Quintana e o ex-governador do Paraná Paulo Pimentel. "Queremos nesse momento apenas enaltecer a memória do meu pai", disse Paulo Rosenmann, filho do deputado.
"Ele era um guerreiro paranaense. Não tenho outra definição. Nessa hora, somente o apoio dos amigos e todo o carinho que recebemos nos confortam. É uma perda irreparável para a família e o Paraná", completou.
Derrame
Max Rosenmann morreu às 13h30 de sábado (25), aos 63 anos, em Curitiba. O deputado sofreu um acidente vascular cerebral na segunda-feira (20). Ele ficou cinco dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Cruz.
Na quarta (22), uma hemorragia com comprometimento no tronco cerebral foi observada através de exames complementares de controle. Após ser submetido a uma cirurgia, o deputado teve complicações e acabou falecendo.
Carreira
Max Rosenmann era o único deputado federal constituinte do Estado do Paraná que permaneceu no Congresso até hoje sem interrupção de mandato.
Cumprindo o sexto mandato, Rosenmann deixou a marca da sua trajetória política nas 80 emendas de sua autoria que foram acatadas na Constituição de 1988, nos projetos que se transformaram em leis nacionais e nos recursos federais que conseguiu liberar para obras e programas nos municípios de sua base eleitoral.
Eleito pela primeira vez deputado federal em 1986, Rosenmann integrou as comissões dos Trabalhadores, Serviço Público e da Ordem Social da Assembléia Nacional Constituinte.
Entre as propostas de sua autoria que permanecem no texto constitucional estão questões envolvendo direitos dos trabalhadores na participação nos lucros das empresas; licença-prêmio; direito a creche para os filhos dos trabalhadores; garantia de manutenção dos serviços essenciais em caso de greve; regulamentação e abertura do mercado de venda e revenda de combustíveis; criação e integração das regiões metropolitanas e intervenção da Justiça para garantia do cumprimento de normas constitucionais.
Nos 20 anos de trabalho parlamentar, Max Rosenmann teve forte atuação municipalista e foi homenageado com títulos de cidadão honorário e benemérito de 28 cidades paranaenses. Em 2002, recebeu prêmio da Organização Mundial da Família, filiada à ONU, pela atuação na área social.Na Câmara, ocupou postos importantes como a vice-presidência da Comissão de Finanças e Tributação e foi vice-presidente da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.
Em 2001, presidiu a Comissão Especial de Reforma do Sistema Financeiro, responsável pela aprovação da Proposta de Emenda Constitucional nº 53, que regulamentou novas regras para o controle e fiscalização de instituições financeiras e bancárias públicas e privadas no País, estabelecendo mecanismos de combate à especulação.
O líder da bancada do PMDB na Assembléia, Antonio Anibelli, acompanhou de perto a carreira de Rosenmann desde a infância. Foram colegas de ginásio no Colégio Estadual do Paraná, fizeram política estudantil juntos e seguiram carreira política em parceria. No início deste mês, Rosenmann e Anibelli estiveram no mesmo palanque pela última vez num comício em São Mateus do Sul. "Ele estava super bem, com muita disposição. É um amigo de longa data, um deputado moderno que prestigiou o empresariado e trabalhava liberando verbas para os 100 municípios que representava", contou Anibelli.
O presidente estadual do PMDB, Waldyr Pugliesi, que também foi constituinte, disse que Rosenmann deu ao seu modo uma grande contribuição ao partido.
Casado com Marisley Rosenmann, o deputado deixa três filhos: Daniel, Paulo e Silvia. Quem assume a cadeira no lugar de Rosenmman na Câmara Federal é o primeiro suplente do PMDB, o ex-deputado federal André Zacharow.
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