• Carregando...

Brasília - O corregedor nacional de Justiça, Gilson Dipp, disse ontem que é necessário um choque de gestão e vontade política para resolver problemas de administração do Judiciário, que acabam levando à demora na tramitação dos processos. Segundo ele, embora os recursos para a Justiça sejam "insuficientes", acabam sendo direcionados para "regalias de desembargadores e servidores e para prédios desnecessários". As declartações de Dipp foram dadas durante o anúncio dos dados da pesquisa sobre o Judiciário brasileiro feita pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O corregedor também denunciou casos de corrupção de má gestão do dinheiro público. "Há lugares sem a mínima infraestrutura onde o pouco dinheiro é aproveitado em regalias para desembargadores ou a construção de novos prédios."

Dipp observou ainda que há tribunais totalmente aparelhados enquanto que a primeira instância enfrenta dificuldades para funcionamento. "Falta ação das corregedorias de Justiça dos estados. Há tribunais perfeitamente aparelhados e não funcionando enquanto que a 1ª instância está abandonada". "Os recursos são mal aplicados e mal distribuídos", completou.

Para o corregedor, é necessário elencar prioridades. Ele disse que não estava fazendo críticas, mas apenas constatações. Recentemente, Dipp fez inspeções em vários estados. Ele afirmou que existem gabinetes de desembargadores com excesso de servidores enquanto que juízes de 1ª instância não têm funcionários e material para o trabalho. "Isso faz com que o juiz, que também deveria ser mais pró-ativo, de certa forma se sinta mais descompromissado a ter uma atuação mais ágil em face das carências encontradas", disse.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]