No depoimento dado à Justiça Eleitoral do Rio de Janeiro na terça-feira (2), o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que firmou acordo de delação premiada com a força-tarefa da Lava jato, disse desconhecer o uso de dinheiro desviado da estatal na campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014. Ele disse não ter conhecimento de pagamentos em 2014 pois eixou a Petrobras em 2012.
O processo foi movido pelo PSDB, que pediu a apuração de possível dinheiro desviado da estatal para doações oficiais à campanha de Dilma.
Costa, porém, reiterou as informações, dadas em sua delação premiada da Operação Lava Jato, sobre um repasse à campanha presidencial do PT de 2010. À força-tarefa da Lava Jato e à CPI da estatal, Costa já relatara o suposto pagamento de R$ 2 milhões à campanha de Dilma, em 2010. Segundo ele, o repasse foi feito a pedido do doleiro Alberto Youssef, que nega a afirmação do ex-diretor.
Segundo integrantes da Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral, o depoimento de terça-feira de Costa não trouxe fatos concretos que possam fazer a investigação avançar em relação a 2014.
O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro João Otávio de Noronha, havia negado, em abril, pedidos de colheita de provas e inquirição de testemunhas na ação. Noronha, então, reconsiderou a decisão. As denúncias sobre a campanha de 2010 não são objeto da análise dessa ação na Justiça Eleitoral, que investiga a campanha de 2014.
Tucanos
A Ação de Investigação Judicial Eleitoral contra Dilma foi movida pelo PSDB. A apuração foi aberta em 18 de dezembro, dia da diplomação de Dilma. O processo questiona a coligação da presidente por “abuso do poder econômico e político” e por “obtenção de recursos de forma ilícita”.
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