A CPI dos Grampos aprovou nesta quarta-feira (11) novas convocações do delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, que presidiu a Operação Satiagraha, do ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Paulo Lacerda e de funcionários da agência. A CPI foi prorrogada por 60 dias após a denúncia de que Protógenes teria montado uma rede de espionagem ilegal.
Protógenes depôs na CPI em agosto do ano passado. Na ocasião, negou ter realizado qualquer escuta ilegal. Ele, no entanto, se recusou a responder diversas perguntas relativas à Operação Satiagraha alegando que o processo corre em segredo de Justiça.
Lacerda já esteve duas vezes na comissão ainda quando ocupava a função de diretor-geral. A primeira foi antes da operação Satiagraha, quando a Abin ainda não estava no centro da polêmica sobre grampos.
Na segunda vez, negou que a agência tivesse realizado qualquer escuta telefônica e classificou a participação na Satiagraha como informal e pequena. Posteriormente, a Abin confirmou que mais de 50 agentes tiveram alguma participação na operação presidida por Protógenes.
Servidores
Além dos dois, a CPI convocou alguns servidores da Abin que auxiliaram Protógenes nas investigações: Lúcio Fábio Godoy de Sá, Jerônimo Jorge da Silva Araújo e Márcio Seltz. Foram chamados novamente também Francisco Ambrósio do Nascimento, contratado por Protógenes para ajudar na Satiagraha, e o sargento da Aeronáutica Idalberto Martins de Araújo, que teria feito a intermediação da contratação de Ambrósio.
A Comissão aprovou também convites para o delegado da Polícia Federal Amaro Vieira Ferreira e para o juiz Ali Mazloum, que comandam a investigação das supostas irregularidades na condução da Satiagraha. Como não foram convocados, eles não são obrigados a depor à CPI.
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