A CPI do Apagão Aéreo do Senado entra na terceira fase de investigações esta semana. O foco são as denúncias de irregularidades na Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero). Para esta terça-feira, estão previstos seis depoimentos.

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Pela manhã, os senadores devem ouvir Rômulo Moreira Conrado e Gilberto Waller Júnior, procuradores do Ministério Público Federal; Amarildo José Leite, analista da Controladoria Geral da União (CGU); e Fernando Silva de Andrade, perito da Infraero.

À tarde, estão marcados os depoimentos de Mário Roberto Gusmão Paes, superintendente de Serviços Aéreos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Sílvia Pfeiffer, que já depôs no dia 21 de junho e denunciou esquemas de corrupção ligados à veiculação de publicidade e obras em aeroportos. Sílvia era sócia da empresa Aeromídia, que mantinha contratos de publicidade com a Infraero. Segundo ela, existe favorecimento de empresas de publicidade por parte de funcionários da estatal – que negou as acusações, mas abriu sindicância para apurá-las.

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O primeiro relatório da CPI, apresentado pelo senador Demóstenes Torres (DEM-GO), tratou das causas do acidente que matou 154 passageiros do vôo 1907 da Gol no ano passado. E apontou falha humana: dos dois pilotos do jato Legacy, Jan Paul Paladino e Joseph Lepore, e dos quatro controladores de vôo que atuavam no dia: Jomarcelo Fernandes dos Santos, Lucivando de Tibúrcio Alencar, Leandro José de Barros e Felipe Santos dos Reis.

O segundo relatório, apresentado na semana passada, tratou de segurança aérea e apontou que o maior problema enfrentado pela aviação civil brasileira diz respeito à atual militarização do controle de tráfego aéreo, que não permite, por exemplo, aumentos salariais para os controladores, que são sargentos.