O governo vai propor reajuste salarial de 5,5% aos aeroportuários, para tentar evitar uma paralisação dos funcionários da Infraero às vésperas dos Jogos Pan-Americanos. A proposta será apresentada em reunião entre a Infraero e o comando de greve marcada para este sábado, em Brasília. A Infraero esperava anunciar no fim desta sexta-feira um acordo com os aeroportuários e assim evitar a greve.
O presidente do Sindicato Nacional do Aeroportuários, José Gomes de Alencar Sobrinho, recusou-se a comentar a proposta de 5,5% de reajuste salarial que deve ser apresentada pelo governo. Segundo ele, além do índice de reajuste, a categoria espera que a Infraero reveja outras cláusula de sua oferta inicia, como o adicional de insalubridade e o adicional noturno.
A proposta inicial do governo era um reajuste de 3% que, depois, foi elevada para 4%. Os aeroportuários, por sua vez, pedem aumento de 33,25%. A nova oferta, de 5,5%,foi definida em encontro entre o ministro da Defesa, Waldir Pires, e representantes da estatal e do Ministério do Planejamento, na sexta-feira. Como contrapartida, os funcionários terão que cumprir metas mensais de produtividade para compensar a elevação das despesas decorrente do aumento.
A expectativa é de que as negociações se estendam durante o fim de semana. Waldir Pires deu prazo até a segunda-feira para que a Infraero e os grevistas fechem um acordo.
O Comando da Aeronáutica está empenhado em abafar um novo foco de insurgência de controladores de vôo e decidiu afastar mais seis profissionais militares do Cindacta 4 (Manaus), suspeitos de articular uma operação-padrão.
Uma paralisação em Manaus deixaria no chão várias aeronaves estrangeiras. Os cerca de 15 sargentos de defesa aérea não teriam condições de assumir o tráfego monitorado por quase 150 controladores.
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