A CPI do Cachoeira definiu nesta quarta-feira (1) a data de mais dois depoimentos. Edivaldo Cardoso de Paula e Rosely Pantoja da Silva falarão aos parlamentares no próximo dia 15 de agosto. Rosely é sócia da Alberto & Pantoja Construções, empresa tida pela Polícia Federal como integrante do esquema criminoso do contraventor Carlinhos Cachoeira. O primeiro depoimento dela na comissão estava marcado para 3 de julho, mas, na época, ela não chegou a ser localizada.
Segundo a Polícia Federal, a Alberto & Pantoja é uma empresa de fachada de Cachoeira para lavar dinheiro da empreiteira Delta. Assim como a Brava Construções, ela tem endereço fictício: um prédio numa cidade-satélite de Brasília onde funciona uma oficina mecânica. Em maio, as duas pessoas jurídicas tiveram seus sigilos fiscal, bancário e telefônico quebrados pela comissão. A Alberto & Pantoja também seria responsável pelo pagamento, em parte, ao jornalista Luiz Carlos Bordoni, por serviços prestados à campanha eleitoral de Marconi Perillo (PSDB) ao governo de Goiás.
O outro convocado para 15 de agosto é Edivaldo Cardoso de Paula, ex-presidente do Departamento de Trânsito de Goiás (Detran). Ele aparece em gravações policiais garantindo o repasse de verbas do governo estadual para uma das empresas de Cachoeira. Além disso, a suspeita é de que ele teria sido indicado para o cargo pelo contraventor goiano.Edivaldo também deveria ter prestado depoimento em 3 de julho, mas estava viajando e não chegou a ser comunicado.
Antes de Rosely Pantoja e de Edivaldo de Paula, a CPI já tinha definido a data de outros quatro depoimentos: no dia 7 de agosto, a partir das 10h15m, prestarão depoimento a mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, e o policial federal aposentado Joaquim Gomes Thomé Neto, considerado um dos arapongas do grupo. No dia 8 de agosto, também às 10h15m, é a vez da ex-esposa do contraventor, Andréa Aprígio, e do contador Rubmaier Ferreira de Carvalho, suspeito de ser o responsável pela abertura de empresas que seriam usadas como fachada para lavar dinheiro.
Andréa Aprígio e Rubmaier Ferreira já impetraram habeas corpus com pedido liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) para terem garantido o direito de ficarem em silêncio, evitando o fornecimento de provas contra si. Joaquim Gomes Thomé Neto, por sua vez, já havia sido convocado no início de julho, quando conseguiu a decisão favorável da Suprema Corte; mas, ainda assim, apresentou atestado médico à comissão.
No dia 14, às 14h, a CPI mista realiza reunião administrativa para apreciação de requerimentos.
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