O único depoimento previsto na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios na próxima semana é de Renilda Maria Santiago Fernandes de Souza, mulher do empresário Marcos Valério – acusado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de ser o operador do suposto esquema de pagamento de mesadas a parlamentares.

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O depoimento está marcado para terça-feira às 10 horas. Oficialmente, Renilda é a proprietária das duas empresas de publicidade usadas por Marcos Valério para a movimentação de cerca de R$ 30 milhões.

Na última quarta-feira (20), o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Nelson Jobim, acolheu pedido do procurador-geral da República, Antonio Fernando Barros e Silva, e determinou o bloqueio de R$ 1,89 milhão na conta bancária de Renilda de Souza. Na véspera, ela foi acusada de tentar sacar quase R$ 2 milhões das contas das empresas de publicidade.

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A mulher de Marcos Valério já entrou com pedido de habeas-corpus preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF), para evitar que seja presa durante o depoimento na CPMI. O instrumento legal também permite que a depoente não responda a perguntas que possam prejudicá-la no processo de investigação.

Na última sexta-feira (22), o presidente e o relator da CPMI, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) e o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), foram ao STF pedir ao presidente Nelson Jobim mais rigor na concessão de habeas-corpus, para não prejudicar os trabalhos da comissão.

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara terá na próxima semana apenas trabalhos internos. O objetivo do presidente do Conselho, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), é cruzar informações já obtidas com os mais de dez depoimentos colhidos. No dia 2 de agosto, o deputado José Dirceu (PT-SP) será ouvido pelo Conselho de Ética – que analisa processo de cassação do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) movido pelo Partido Liberal.

A exemplo do Conselho de Ética, a CPMI dos Bingos também vai dedicar a semana a trabalhos internos. A recém instalada CPMI do Mensalão vai iniciar a tomada de depoimentos apenas na primeira semana de agosto. Até lá, os parlamentares vão analisar os documentos recebidos e os depoimentos já prestados à CPMI dos Correios – uma vez que vários depoentes apresentaram detalhes sobre o suposto esquema de compra de votos no Congresso Nacional.

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