O delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz pediu nesta terça-feira (5) o adiamento de seu depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Escutas Telefônicas, marcado para esta quarta-feira (6), às 14h30. O pedido foi negado.
O delegado justificou o adiamento com o argumentando de que está fazendo um curso de aperfeiçoamento que exige presença em tempo integral. Ele só queria comparecer à CPI depois de 22 de agosto, quando termina o curso.
O presidente da CPI, deputado Marcelo Itagiba, negou o pedido afirmando que o Regimento Interno da Câmara estabelece como motivo para não comparecer a uma convocação de CPI apenas problemas de saúde.
"Decido pela manutenção [do depoimento] porque não entendo o motivo como escusável, se estivesse convocado pela Justiça ele teria que comparecer", afirma o presidente da CPI em seu despacho.
"Ele está convocado pela CPI e quem está convocado tem a obrigação de comparecer", acrescentou o parlamentar.
Se o delegado não comparecer na quarta ao depoimento, segundo o relator da CPI deputado Nelson Pelegrino (PT-BA), pode ser solicitado ao Departamento de Polícia Federal que conduza o delegado para o depoimento na data em que for agendado pela comissão.
O delegado Protógenes Queiroz foi o responsável pela Operação Satiagraha, que culminou com a prisão do banqueiro Daniel Dantas, dono do Banco Oppoturnity, do investidor Naji Nahas e do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta.
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