Investigação
- Priscila Belfort teria sido seqüestrada por dívida de R$ 9 mil com traficantes
- Polícia procura mais suspeitos da morte de Priscila Belfort
De acordo com reportagem publicada na edição desta sexta-feira (10) do jornal "Extra", do Rio de Janeiro, o depoimento de um professor de informática ao delegado da 75ª DP (Rio D'Ouro), Anestor Magalhães, revelou que parte do corpo de Priscila Belfort, desaparecida desde janeiro de 2004, pode ter sido encontrado há dois anos. De acordo com o professor, um homem responsável por carregar caminhões com a areola retirada do sítio abandonado onde a irmã do lutador Vitor Belfort estaria enterrada, em São Gonçalo, teria tentado vender para ele um crânio humano encontrado no local.
De acordo com o professor, que na época pertencia a um grupo de motociclistas chamado Abutres, e que se interessava por ossos de animais para enfeitar triciclos, o homem queria R$ 50 pelo crânio. O ex-motoqueiro, no entanto, achou o crânio suspeito por ter uma marca semelhante a um tiro na base da nuca. O professor disse ter esperado dois dias, mas, como o homem que lhe entregara o crânio não apareceu, decidiu jogá-lo no lixo.
A polícia voltou a procurar pelo corpo de Priscila Belfort depois que a secretária Elaine Paiva da Silva procurou o Ministério Público e confessou ter participado do suposto assassinato da universitária. De acordo com Elaine, o corpo de Priscila estaria enterrado num sítio abandonado em São Gonçalo. Até agora, a polícia, que usou uma retroescavadeira e cães farejadores na busca, encontrou apenas uma sandália feminina e alguns pedaços de roupa, que Elaine alega pertencerem à vítima.
Na quinta-feira (9), o promotor Rubem Viana disse que a investigação sobre a versão apresentada pela secretária ainda está em fase de "aferição de credibilidade" . O promotor afirmou ainda que a Justiça já concedeu a quebra de sigilo telefônico de Elaine, com o objetivo de saber se ela de fato falou com Priscila dias antes do sumiço da estudante, conforme contou, em depoimento, ao Ministério Público.
Em entrevista à rádio CBN, Viana disse que concedeu crédito inicialmente ao depoimento de Elaine, mas destacou que é preciso ter cautela nas investigações.
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