Parlamentares oposicionistas e da base do governo federal travam um embate sobre quais fatos devem ser investigados pela CPI da Petrobras. Enquanto a oposição quer uma comissão para investigar especificamente as denúncias de irregularidades na estatal, a situação busca ampliar a investigação às obras do metrô de São Paulo e às atividades no Porto de Suape, em Pernambuco, atingindo o PSDB e o PSB.

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A proposta de CPI ampla foi a vitoriosa na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e deve ser votada em plenário na próxima terça-feira. As duas propostas foram questionadas no Supremo Tribunal Federal (STF).

O senador Roberto Requião (PMDB) diz acreditar que o STF vai barrar a criação de uma CPI que envolva diferentes assuntos e argumenta que o governo federal deveria enfrentar a investigação sobre a Petrobras. "O governo quer inflar a CPI e isso vai desmoralizar esse instrumento, porque a CPI é um direito das minorias", diz. "O governo deveria colocar gente séria na comissão para investigar os problemas que envolvem a Petrobras e investigar também outros temas."

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O tucano Alvaro Dias faz críticas à estratégia do governo. Para ele, a situação resolveu "embaralhar as cartas" para evitar uma investigação de fato. "Em matéria de CPI não se chega a lugar nenhum quando se quer abraçar o mundo", diz. Alvaro argumenta que a CPI ampliada nem deveria ir ao plenário na terça, pois há chance de a votação ser inócua. "Agora temos de esperar a decisão do STF, que é a última instância, é quem vai dar a palavra final."

A senadora Gleisi Hof­­f­mann (PT) afirma que é importante que a investigação aconteça independentemente do formato. "Temos de esperar a manifestação do Judiciário sobre a legalidade dos pedidos e também a votação no Congresso. O que importa é que os assuntos sejam esclarecidos", diz.

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