Atualizado em 14/05/2006 às 16h28
O governador de São Paulo, Cláudio Lembo, descartou neste domingo a ajuda da Polícia Federal para conter a onda de ataques de facções criminosas que aterroriza a população do estado de São Paulo desde sexta-feira. Apesar de terem sido registradas 52 mortes, 100 ataques e mais de cinqüenta rebeliões estarem em andamento em São Paulo, o governador disse que a situação está sob controle. (Veja como foi a segunda madrugada de ataques em São Paulo)
- Não vamos precisar da Polícia Federal. Se eles quiserem nos passar informações, elas serão aceitas de bom grado. Mas eu confio na Polícia Militar e na Polícia Civil de São Paulo - disse o governador.
- A PF só ofereceu ajuda depois que o o problema já estava acontecendo em São Paulo - afirmou ele.
Cláudio Lembo afirmou que o estado de direito e da legalidade estão garantidas.
Todas as folgas e férias de policias em São Paulo foram canceladas para reforçar a segurança. Armamento especial foi liberado para Polícia Civil e os batalhões da Polícia Militar estão fazendo a segurança das delegacias. Nas ruas da capital, a PM está fazendo bloqueios e revistando carros e motos. O objetivo é encontrar suspeitos de terem participado dos atentados. Mesmo assim, os ataques continuram durante toda a madrugada de domingo.
O ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, reiterou neste domingo a oferta de participação da Polícia Federal na tentativa de controle da onda de ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital) à polícia paulistana. O ministro informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que ontem manteve contato telefônico com o governador de São Paulo, Cláudio Lembro (PFL), e ofereceu os serviços de inteligência da PF.
O ministro também teria colocado à disposição do governo estadual um grupo de elite de agentes penitenciários, formado por policiais de outros estados, para tentar controlar as rebeliões comandadas pelo PCC nos presídios.
O governador Cláudio Lembo descartou a participação do Ministério ou do Exército para a crise:
A assessoria de imprensa de Thomaz Bastos, informou que o ministro entende que o governo do estado tem condições de resolver a situação, mas ainda assim põe à disposição o auxílio federal.
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