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A primeira avaliação feita pelo DataSenado na atual gestão de José Sarney (PMDB-AP) na presidência da Casa mostra que os escândalos comprometeram a imagem da instituição em todos segmentos da população. Para 50% das pessoas entrevistadas, a corrupção é o "maior problema" do Senado. A falta de transparência é a segunda questão para 21% dos que foram ouvidos - 16% criticaram o excesso de gastos. A demora nas votações de matérias legislativas foi apontada como problema por apenas 12%. E só 1% das pessoas ouvidas não quiseram se manifestar.

O Senado, que tem orçamento de R$ 2,7 bilhões, enfrenta desde o início do ano uma série de denúncias por causa de desmandos administrativos envolvendo funcionários e senadores, como o excesso de diretorias na Casa e a contratação de parentes e agregados da família de Sarney em cargos comissionados. A Casa tem 10 mil funcionários que trabalham para atender 81 senadores - 3.500 servidores terceirizados, 2.800 comissionados e 3.300 funcionários efetivos.

A pesquisa mostra que a maioria das pessoas consultadas (89%) afirma, com base nas medidas anunciadas, que a "faxina" da Casa dependerá da reforma administrativa, do corte de 10% dos gastos do Senado (88%), da redução do número de diretores (84%) e da limitação no uso de passagens pelos senadores (86%).

O trabalho de Sarney também foi avaliado. Para 17% dos ouvidos, a atuação do parlamentar é "péssima"; 9% a consideram "ruim". O desempenho do presidente da Casa foi considerado "ótimo" para 6% "bom" para 27% e regular para 39%. Foram entrevistadas por telefone 1.277 pessoas em junho, em 81 municípios, incluídas as 27 capitais e o Distrito Federal.

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