O anúncio da possível saída do senador Cristovam Buarque (DF) do PT ficou para terça-feira. Nesta segunda, diferente do que dera a entender no fim de semana - e contrariando sua própria assessoria de imprensa - Buarque não comunicou oficialmente seu desligamento da legenda.

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Em seu discurso no Senado, Buarque prestou homenagem pública ao presidente do PSB e ex-governador de Pernambuco, Miguel Arraes, que faleceu sábado, no Recife. A assessoria do senador informou que a saída de Buarque do PT deveria ser anunciada após o discurso, mas o parlamentar deixou a Casa sem falar com os jornalistas.

O adiamento do esperado anúncio estimulou alguns colegas petistas a tentar demover Cristovam Buarque da idéia de sair do partido. A resposta definitiva deverá ser dada nesta terça-feira.

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Domingo, no velório de Arraes, Buarque manifestou sua intenção de deixar o PT. Cobiçado abertamente por PFL e PV, o senador já falava como ex-petista.

- No que se refere à minha saída do PT, não tenho muito o que pensar. Agora, para onde irei, vai demorar qualquer decisão a respeito, se houver - observara ele.

Se confirmar sua saída, Buarque será o primeiro petista a deixar a legenda desde o início dos escândalos envolvendo a cúpula do PT e o governo federal. Primeiro ministro da Educação do governo Lula, Buarque disse que havia avisado ao presidente que ele 'estava cercado de pessoas que iriam destrui-lo'.

O senador, que não foi citado em nenhum depoimento às CPIs em andamento no Congresso, já afirmou publicamente que não está à vontade com os rumos atuais do partido.

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