O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), arquivou nesta quinta-feira dois pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff , entre eles o que foi apresentado por Adriano Rodrigues de Oliveira, que está preso na Penitenciária Masculina de Mairinque, em São Paulo. O pedido dele foi arquivado por Cunha por problemas formais, como a falta de reconhecimento de firma, exigência da lei.
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Na carta escrita à mão e enviada ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewadowski, para que ele remetesse o pedido à Câmara, Adriano lista, entre outras acusações, que Dilma “usou do cargo que ocupa como presidente e usou dinheiro do STU (sic) para estar pagando outras contas”.
No final da carta ele assina seu nome, dá como endereço Raio 5, Cela 1, Penitenciária Masculina de Mairinque, além de incluir seu RG e CPF. Em outra carta, dirigida a Lewandowski, ele explica que endereçou o pedido a ele por não ter o endereço da Câmara e que faz o apelo “em nome dos presos, dos negros, indigentes, idosos, dos pobres e dos silenciosos”.
O outro pedido, feito por Renacleyton da Silva e Silva foi arquivado porque usou como argumento crime comum, quando a lei só trata de impeachment em caso de crimes de responsabilidade. No ano passado Cunha examinou 32 pedidos de impeachment contra a presidente Dilma, arquivando 31 e admitindo o pedido assinado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior. Ainda dependem de análise de Cunha outros três, todos apresentados no ano passado. Neste ano, a Câmara ainda não recebeu nenhum pedido de impeachment contra Dilma. No final do ano passado, Cunha arquivou dois pedidos de impeachment contra o vice-presidente Michel Temer.
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