O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defendeu nesta segunda-feira (24), ao retornar a Brasília, que o PMDB aproveite a reforma administrativa anunciada hoje para entregar todos os ministérios que ocupa e desembarcar do governo. Para o peemedebista, o anúncio foi “atabalhoado”, feito para criar um fato político que se sobreponha a “notícias não boas”, já que não há uma decisão sobre como se dará a reforma.
Para Eduardo Cunha, redução de ministérios é ‘sinal positivo’, mas ‘fica devendo’
Leia a matéria completa“Todos deveriam entregar (ministérios), todos deveriam reduzir. O PMDB deveria ser o primeiro a entregar todos, não só a redução proporcional, mas sair da base do governo”, disse.
Mais cedo, em São Paulo, Cunha também defendeu a antecipação do congresso do PMDB, marcado para novembro, para discutir a saída da legenda do governo do PT.
O peemedebista afirmou que o anúncio de redução dos ministérios servirá para “estimular” o andamento de proposta de sua autoria que limita constitucionalmente em 20 o número de pastas. O texto já foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça da Casa e aguarda parecer em comissão especial.
“Estimula a tocar minha proposta, que é reduzir para 20, então estão me devendo 9 para reduzir. É dobrar a meta. A proposta está com comissão especial criada, se ficar pronta, eu pauto”, afirmou.
Cunha comemorou a saída de Michel Temer da articulação política. O presidente da Câmara considerou o fato “positivo” e afirmou que deverá servir para antecipar o Congresso do PMDB, em que irá defender a saída do partido do governo.
“Defendo a saída do PMDB do governo. O partido deve ficar no mínimo em posição de independência. Michel foi sabotado. Ele sair foi uma resposta à altura às sabotagens que ele sofreu esse tempo todo. Não tem sentido ele desgastar a posição pessoal para tentar manter acordos que não eram cumpridos pelo governo. Ele estava em posição delicada, ia se desmoralizar perante essa Casa. Para não se desmoralizar, ele preferiu sair”, pontuou.
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