O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), divulgou nota nesta sexta-feira (2) rechaçando as denúncias de que teria empresas de fachada em paraísos fiscais para esconder seu nome nas contas registradas na Suíça e reafirmou que continuará “absolutamente tranquilo” realizando o seu trabalho.
“O presidente desconhece o teor dos fatos veiculados e não tecerá comentários sem ter acesso ao conteúdo real do que vem sendo divulgado. Assim que tiver ciência, por meio de seus advogados, o presidente se manifestará”, diz a nota divulgada pela assessoria de imprensa de Cunha. “O presidente continua absolutamente tranquilo, realizando seu trabalho com a mesma lisura e independência, confiando plenamente na isenção e imparcialidade do Supremo Tribunal Federal”, completa.
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Leia a matéria completaA informação de que Cunha teria empresas de fachada foi repassada pelo Ministério Público suíço à Procuradoria-Geral da República. Autos de uma investigação contra o peemedebista foram encaminhados anteontem para as autoridades brasileiras. A Suíça já congelou cerca de US$ 5 milhões em quatro contas bancárias cujos beneficiários são o presidente da Câmara e seus parentes. Auditoria interna do banco que guarda esses valores - cujo nome não foi divulgado - foi responsável pelo informe que levou à abertura da ação criminal contra Cunha no país europeu por suspeita de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
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Leia a matéria completaCunha disse ainda que reitera o seu depoimento à CPI da Petrobras no dia 12 de março deste ano, quando assegurou que não tinha contas no exterior. “Não tenho qualquer tipo de conta em qualquer lugar que não seja a conta que está declarada no meu Imposto de Renda”, disse na ocasião, quando prestou um depoimento espontâneo. Ontem, Cunha foi alvo de questionamentos de parlamentares de PSOL, PT, PSB, PMDB e Rede Sustentabilidade, que alegaram que o presidente teria mentido à CPI.
O grupo de deputados apresentou um requerimento em que pede a Cunha informações sobre eventuais contas dele e de familiares. O pedido também será apresentado à PGR e, caso o peemedebista não se manifeste até a próxima semana, os congressistas entregarão ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara uma solicitação para que o presidente da Casa exponha os dados bancários e fiscais.
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