O presidente da Câmara dos deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), comentou nesta quinta-feira o fim da CPI da Petrobras, que aprovou nesta madrugada um relatório final que não indicia parlamentares. Cunha disse que a comissão tem limitações para investigar, mesmo que fosse um colegiado permanente, e afirmou que se fizesse parte da CPI votaria a favor de seu próprio indiciamento. “Não faz diferença. Já respondo a inquérito mesmo”, disse Cunha.
“A CPI está aí há oito meses. Serviu para muitas coisas. Mas é uma CPI um pouco diferente. Ela não é protagonista do processo. São enormes as dificuldades, muitas delações que não se conhecem. Muitas dificuldades. É difícil produzir algum fato. A investigação depende do Ministério Público Federal e da Polícia Federal” completou.
Cunha também rebateu as manifestações contrárias a ele ontem, no Salão Verde, e disse se tratar de atos de seus adversários políticos locais, do Rio. Sem citar, ele se referiu à deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ). E também citou o PSOL, cujo líder é Chico Alencar (RJ). “São meus adversários locais. Não dá para considerar manifestação. Quando houve pedido de abertura de inquérito, o PSOL pediu meu afastamento. Quando aconteceu a denúncia, o PSOL pediu meu afastamento. A cada ato pedem uma coisa. Um constrangimento dos meus adversários. De gente até que foi minha aliada. É disputa política local que querem extrapolar para cá”.
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