Chinaglia e Planalto negam ter ofertado cargos em troca de voto
O deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP), candidato à presidência da Câmara, negou ontem que pessoas ligadas à sua campanha estejam oferecendo a parlamentares cargos no governo em troca de apoio na eleição. Ele afirmou que os adversários precisam provar a suspeita. "Não tenho cargo para oferecer. Parto de um pressuposto: quando faço uma denúncia, eu provo. Não tenho que me defender do que alguém está dizendo. Prove", disse Chinaglia. Ontem, o jornal Folha de S.Paulo publicou reportagem mostrando que deputados relataram que o governo tem oferecido cargos em troca de apoio ao petista.
O ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, também negou que o Planalto tenha oferecido cargos a deputados em troca do voto em Chinaglia. Vargas confirmou que se reuniu com parlamentares de partidos pequenos na semana passada e que, na ocasião, os deputados o questionaram se poderiam fazer indicações para o 2º e 3º escalões. O ministro, no entanto, negou que tenha condicionado a possibilidade de alocar esses políticos no governo em troca do apoio a Chinaglia.
Folhapress
- Dilma tem de ser responsabilizada por Pasadena, diz Gabrielli
- Petrobras tentou impedir TCU de enviar documentos à Lava Jato
- Cerveró teria causado prejuízo proposital de US$ 700 milhões
- PGR começa a investigação de políticos
- Caixa monta empresa paralela para não fazer licitação
- Aumento de impostos de 2014 passa a pesar no bolso
O candidato do PMDB à presidência da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), decidiu ontem se antecipar a "possíveis vazamentos" e denunciou o que chamou de nova tentativa de "alopragem" contra sua candidatura. O peemedebista convocou os jornalistas para apresentar uma suposta escuta telefônica, que teria sido forjada por integrantes da Polícia Federal (PF) a mando do governo. O áudio, segundo ele, serviria para insinuar seu envolvimento no escândalo de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.
O peemedebista encaminhou um requerimento ao Ministério da Justiça solicitando a abertura de inquérito pela PF para apurar a suposta montagem do áudio.
Cunha contou que foi procurado no último sábado em seu escritório no Rio de Janeiro, por um suposto policial federal portando cópia de uma gravação que seria anexada a um inquérito. Segundo o peemedebista, o suposto policial disse que a cúpula da PF estaria orquestrando uma "montagem" para envolvê-lo em denúncias e assim prejudicar sua campanha. O deputado não revelou os nomes que teriam sido mencionados pelo agente.
No áudio divulgado pelo candidato, um dos homens fala que Cunha está "se dando bem" e insinua que o peemedebista ganhará a presidência da Câmara. O interlocutor relata que está sob pressão e ameaça fazer revelações sobre Cunha. Identificando-se como "parceiro" do deputado, o homem afirma que o peemedebista está se esquecendo dos "amigos", mas que ele não ficará sem dinheiro. O segundo homem pede paciência e diz que eles têm muitos contatos, que o dinheiro chegará a suas mãos.
Cunha não soube identificar as vozes que aparecem na gravação. Mas disse que deduziu que uma delas seria do policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca, investigado pela Lava Jato. Careca é suspeito de ser emissário do doleiro Alberto Youssef para a entrega de propinas. O policial teria dito em depoimento que um dos beneficiários do esquema seria Eduardo Cunha. Na semana passada, a defesa de Youssef negou que o doleiro tenha repassado dinheiro para Cunha. Quando o caso foi revelado, o deputado disse que era vítima de uma "alopragem" de interessados em constranger sua candidatura à presidência da Câmara.
Governadores e oposição articulam derrubada do decreto de Lula sobre uso da força policial
Tensão aumenta com pressão da esquerda, mas Exército diz que não vai acabar com kids pretos
O começo da luta contra a resolução do Conanda
Governo não vai recorrer contra decisão de Dino que barrou R$ 4,2 bilhões em emendas
Deixe sua opinião