O doleiro Alberto Youssef foi levado para internação no Hospital Santa Cruz, em Curitiba. Ele sofreu um desmaio em função do seu problema coronário e o atendimento médico na superintendência da Polícia Federal do Paraná, onde o doleiro está preso, não conseguiu reverter a situação. A informação foi confirmada ao jornal Estado de S. Paulo, pelo advogado dele, o criminalista Figueiredo Basto. "Evidentemente o risco de morte não deixa de existir. Ele tem coronariopatia grave", disse.

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Segundo informações da assessoria de imprensa do Hospital Santa Cruz, Youssef deu entrada na instituição às 15h deste sábado com dores abdominais e febre. O doleiro passou por vários exames, cujos resultados deverão sair ainda no fim desta tarde. O primeiro boletim de saúde do doleiro está previsto para ser divulgado às 18 horas.

Conforme pessoas que acompanham a internação do doleiro, ao chegar ao hospital ele já não apresentava mais febre e as dores abdominais diminuíram. Mesmo assim, será submetido a uma tomografia e outros exames. A expectativa é que ele pode voltar à superintendência da PF amanhã (30), se esse quadro se mantiver. No hospital o doleiro disse aos médicos que estava com sono e gostaria de dormir.

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Youssef tem problemas de coração, mas o estresse é que teria agravado sua saúde. Desde a prisão, ele emagreceu 16 quilos. Uma fisioterapeuta foi autorizada a atendê-lo na superintendência da PF três vezes por semana.

Essa é a quarta vez que Youssef é internado. Em outubro, na véspera da eleição presidencial, a pressão dele teria baixado, segundo investigadores, a 6 por 3. Na ocasião, o doleiro foi internado pela terceira vez e boatos se espalharam na internet de que ele havia morrido por envenenamento. Nessa ocasião anterior, nota assinada pela Polícia Federal, e não pelo hospital, informou que ele teve "uma forte queda de pressão arterial causada por uso de medicação no tratamento de doença cardíaca crônica".

Youssef é um dos principais delatores do esquema de corrupção na Petrobras. Ele contou que os contratos de empreiteiras eram superfaturados para abastecer os partidos aliados: PP, PT e PMDB. A primeira fase da delação já foi concluída, mas ainda não foi homologada pelo juiz.

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