A manifestação deste domingo (12) em Curitiba contra a presidente Dilma Rouseff (PT) reuniu cerca de 40 mil pessoas, conforme levantamento da Polícia Militar (PM) - um drone da Gazeta do Povo fez imagens aéreas de Curitiba durante o ato. O número equivale a aproximadamente metade do público que participou do ato anterior, em 15 de abril. Os organizadores estimam em 50 mil o número de participantes. O ato se repetiu em diversas outras capitais, além de cidades do interior do Paraná, também com menos manifestantes do que antes.
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A aglomeração começou por volta das 14 horas, na praça Santos Andrade, no centro da capital. Uma hora depois, os manifestantes seguiram em marcha até a Boca Maldita, onde o ato se encerrou, por volta das 17 horas.
Apesar do slogan “Vai ser maior!”, o novo ato contou com a participação de praticamente metade do público da primeira manifestação contra a presidente, no mês passado, quando a PM estimou a participação de 80 mil pessoas na capital – foi a quarta maior aglomeração do país.
A reivindicação principal dos manifestantes, porém, não mudou: a maioria gritava pelo impeachment da presidente Dilma, com gritos de “Fora, PT!” e “Fora, Dilma!”.
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Cidades do interior também protestam
Nas cidades do interior, o protesto reuniu cerca milhares de pessoas, conforme estimativa da Polícia Militar. As maior concentrações foram em Maringá (6 mil manifestantes), Londrina e Francisco Beltrão (5 mil cada) e Ponta Grossa (4 mil). Também houve atos em Cascavel (3 mil) Foz do Iguaçu (1,2 mil), Paranavaí (500 pessoas), Astorga (100) e Cruzeiro do Oeste (50).
Dois grandes movimentos foram os maiores responsáveis pela organização dos protestos na capital: O Vem Pra Rua e o Movimento Brasil Livre. Os dois possuíam divergência sobre o pedido de impeachment da presidente, mas, de acordo com Patricia Mascarenhas, uma das organizadoras do VPR, o movimento decidiu apoiar o impedimento. “Entendemos que se a população grita ‘fora Dilma’, então temos que apoiar a saída da Dilma”, explicou.
Outros pedidos também fizeram parte do ato em Curitiba, como a redução da carga tributária, a reforma política, investigação rigorosa das denúncias de corrupção e menos assistencialismo estatal.
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Leia a matéria completaA insatisfação também recaiu sobre os poderes Legislativo e Judiciário devido aos parlamentares investigados na operação Lava Jato e outros episódios que repercutiram negativamente, como reajustes salariais e auxílio-moradia para políticos e juízes.
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O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela operação Lava Jato, e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, também foram nomes constantes no protesto, mas por motivos diferentes. Enquanto o primeiro foi exaltado pelos manifestantes, o magistrado do STF foi bastante criticado por ter pedido a transferência de turma para participar do julgamento da Lava Jato. Toffoli já atuou como advogado do PT.
Pedido de intervenção gera bate-boca
Em Curitiba, um pequeno grupo de manifestantes que segurava uma bandeira em defesa da intervenção militar se irritou com o discurso final dos organizadores da mobilização. Ao microfone e em cima do caminhão de som, organizadores encerraram a passeata reforçando que pedidos favoráveis à volta da ditadura militar não eram bem vindos e não representavam a maioria das pessoas ali presentes.
Um homem que segurava a bandeira em defesa da intervenção militar foi em direção ao caminhão de som, reclamando dos organizadores: “É um desrespeito aos militares”, gritou ele. Ele também disparou ofensas verbais contra os organizadores. O homem acabou retirado do local pelos próprios colegas e por outros manifestantes.
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