Internado desde seu primeiro dia de trabalho em decorrência de um tromboembolismo pulmonar, Rafael Greca (PMN) não pôde seguir o roteiro tradicional em sua primeira semana à frente da prefeitura de Curitiba. Sem idas surpresas a postos de saúde, fiscalização de obras e caminhadas pelo centro da cidade, o trabalho do chefe do Executivo municipal resumiu-se à assinatura de poucos decretos no quarto que ocupa no Hospital Marcelino Champagnat.
Nas edições do Diário Oficial do Município publicadas desde o internamento de Greca, cinco atos foram assinados pelo prefeito – além das 24 nomeações de secretários e assessores que foram publicadas ainda na segunda-feira (2).
Do hospital, o prefeito nomeou servidores, prorrogou a validade de decretos antigos e criou um grupo de trabalho que tem o objetivo de reestruturar a administração municipal, levando em conta o anúncio do corte de 40% dos cargos em comissão e das funções gratificadas. A equipe responsável pelo estudo é coordenada pelo presidente do Instituto Municipal de Administração Pública, Alexandre de Oliveira, e tem como membros o chefe de gabinete do prefeito, João Alfredo Costa; os secretários de Governo, Luiz Fernando Jamur; de Planejamento e Administração, Carlos Calderon; de Finanças, Vitor Puppi; e de Comunicação Social, Marcelo Cattani.
Sem a presença de Greca, o trabalho na prefeitura ficou sob a liderança de assessores do prefeito e dos secretários municipais. João Carlos Baracho, secretário de Saúde, buscou recursos no governo do estado para a compra de medicamentos e o repasse aos hospitais da cidade. Eduardo Pimentel, secretário de Obras Públicas, ocupou-se da elaboração de um plano de pavimentação, do estudo da retomada de obras paradas na cidade e da ação emergencial para consertar danos causados pela chuva às ruas da cidade.
Em uma mensagem gravada na quinta-feira (5), o prefeito elogiou o trabalho do secretariado. “Alegria de ver que os nossos secretários municipais estão dando conta do recado: retomam obras paradas; recolhem podas; começam a varrer e a carpir a cidade; voltou a fiscalização do transporte coletivo. A cidade está funcionando. Curitiba volta a ser Curitiba”, disse.
A perspectiva, segundo os médicos que estão atendendo o prefeito no hospital, é de que ele receba alta já nos próximos dias. Com isso, o prefeito deve retomar a atividade normal, fazendo apenas um tratamento em casa. Entre as primeiras tarefas fora do hospital, estão a lavagem da Rua XV de Novembro e a escolha dos funcionários do segundo escalão.
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