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Lula e Dilma: ministra visitará Minas com e sem o presidente ao lado | Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr
Lula e Dilma: ministra visitará Minas com e sem o presidente ao lado| Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

Apoio à petista terá influência no Paraná

Brasília - A direção nacional do PDT deve anunciar hoje o apoio informal à candidatura da ministra Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República – o que terá implicações nas costuras políticas para a sucessão no governo do Paraná.

O apoio oficial, porém, só será definido pelo diretório nacional, em convenção partidária. Mas a cúpula do partido avalia que se trata de mera formalidade. "Eu avalio que 90% da bancada federal é pró-Dilma, e tenho o mesmo sentimento em relação ao diretório", diz o líder pedetista na Câmara, Dagoberto Nogueira (MS).

Maior aliado do Planalto em defesa da parceria com o PT na sucessão presidencial, o ministro Lupi já está contatando, um a um, os membros do diretório nacional para mapear eventuais problemas. Só quando o levantamento estiver concluído é que Lupi vai atuar para ampliar o consenso e fechar o partido em favor de Dilma. A julgar pelo posicionamento da bancada federal, o ministro terá pouco trabalho. Um parlamentar que acompanha as articulações em favor da candidata petista atesta que apenas um dos 23 deputados do PDT resiste à parceria com o PT hoje.

Trata-se de Fernando Chiarelli (SP), que se apresenta como "inimigo político" do deputado Antonio Palocci (PT-SP), a quem denunciou por irregularidades em licitações na época em que o petista comandava a prefeitura de Ribeirão Preto.

Osmar e o PT

O anúncio do apoio do PDT a Dilma deve acelerar a formalização de uma aliança, no Paraná, entre petistas e o senador pedetista Osmar Dias para o governo do estado.

Da Redação, com Agência Estado

Belo Horizonte - A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, desembarca hoje em Minas Gerais, juntamente com o presidente Lula, para a primeira de inúmeras visitas já previstas ao estado neste ano. Com o governador Aécio Neves (PSDB) fora da disputa presidencial, os aliados da pré-candidata petista trabalham para que ela conquiste os mineiros e garanta uma boa diferença de votos no segundo maior colégio eleitoral do país.

Hoje, junto com Lula, a pré-candidata à Presidência estará em três cidades mineiras: Jenipapo de Minas, Araçuaí (ambas do norte de Minas) e Juiz de Fora. O motivo da viagem é a inauguração da Barragem de Setúbal, uma obra que custou R$ 160 milhões e era esperada desde a década de 1980 pela população de Jenipapo de Minas. Em Araçuaí, a agenda é a inauguração de um centro federal de educação tecnológica. De lá, a comitiva seguirá para Juiz de Fora, na Zona da Mata, onde será reinaugurada uma termelétrica que foi convertida para operação a etanol. É a primeira termelétrica a funcionar com o álcool.

Apesar da presença de Lula, as viagens de Dilma a Minas não estão condicionadas a eventos presidenciais. Além dos eventos oficiais, onde estará acompanhando seu principal cabo eleitoral, a ministra também estará em Minas por conta própria, seja simplesmente para visitar a mãe – que mora no estado – ou para receber ho­­­me­­nagens. Já estão previstas a concessão do diploma de honra ao mérito da Câmara dos Verea­­­dores de Belo Horizonte e uma homenagem da Assembleia Legislativa do Estado.

O argumento para as homenagens é a contribuição da ministra ao liberar verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para obras como a duplicação da Avenida Antônio Carlos, na capital. Nos compromissos já confirmados, está também um encontro de jovens organizados pelo presidente do diretório mineiro do PT, o deputado federal Regi­­­naldo Lopes. O objetivo é fazê-la passar o máximo de tempo possível em Minas Gerais.

A estratégia petista é convencer o eleitorado que, embora tenha passado a maior parte de sua vida fora de Minas, a ministra é mineira de nascimento e tem profundas raízes com o estado.

Com Aécio na disputa, a chance de a estratégia decolar era vista com reservas, inclusive entre os petistas. Mas, com a decisão o governador mineiro de desistir da disputa e deixar a vaga de candidato tucano para o paulista José Serra, os aliados da ministra ficaram mais animados. Os petistas acreditam – e a maior parte dos analistas políticos concordam – que haverá um sentimento "anti-Serra" no eleitorado de Aécio, favorecendo o crescimento da campanha de Dilma em Minas. O cenário será outro, po­­­rém, se Aécio acabar aceitando a composição puro-sangue, saindo como vice na chapa de Serra. Mas, como até agora, o governador não definiu um posicionamento, a avaliação é de que o terreno está livre para Dilma.

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