A sabatina realizada durante todo o dia de ontem na CCJ do Senado “partidarizou” o debate em torno do jurista Luiz Edson Fachin nas redes sociais, opondo setores pró e contra o governo e obliterando as questões de fundo surgidas durante as discussões. O cenário observado pela análise de redes realizada pela FGV DAPP reproduz em linhas gerais a polarização política, cristalizada desde as eleições do ano passado.
Indicação de Fachin é aprovada na CCJ; votação em plenário será na terça-feira
Jurista paranaense recebeu 20 dos 27 votos da comissão, mas data da decisão definitiva do Senado foi vitória da oposição
Leia a matéria completaO “grafo de rede” — metodologia de análise de interações entre perfis na rede — revela um cenário adverso para o indicado da presidente Dilma Rousseff, com um volume maior de menções no polo que concentra os setores de oposição.
Setores “governistas” encontravam-se isolados na defesa de Fachin. A nuvem de palavras — metodologia que permite a análise dos discursos produzidos nas redes — sobre a sabatina indica, de outra parte, os temas que mais se destacaram, como os questionamentos à posição de Fachin em relação ao “direito de propriedade” e à “família”, sobre seus posicionamentos políticos (sobretudo “MST”) e sua trajetória profissional. Foram registradas cerca de 82 mil menções à sabatina até o começo da noite de ontem, indicando a intensificação de um debate que se mostrava morno.
O retrato observado pelo monitoramento aponta, portanto, no sentido de um cenário adverso nas redes sociais em relação à aprovação do nome de Fachin ao STF, que pode influenciar o plenário do Senado na próxima terça-feira (19) — quando deve ocorrer a votação. Além da “polarização” nas redes, que deverá persistir ao longo dos próximos dias, a coesão da base governista na votação será central na definição do resultado
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