Os irmãos Dias: silêncio.| Foto: Rodolfo Bührer/arquivo/ Gazeta do Povo

A definição sobre os palanques tanto para as eleições estaduais do Paraná quanto para os apoios às candidaturas de José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) ficará para os últimos minutos do prazo final estabelecido pela legislação eleitoral – a quarta-feira. O PDT, do senador Osmar Dias, responsável pelo impasse, adiou de hoje para amanhã o fechamento da convenção partidária que definirá se ele será ou não candidato ao governo estadual (a convenção havia sido aberta em união no início do mês).

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Ontem, Osmar passou o dia em reuniões, em sala fechada, de acordo com assessores. A indefinição continua a provocar a paralisia das decisões no PMDB e no PT, interessados em uma coligação com os pedetistas para reforçar a candidatura de Dilma. Na nota em que co­­municou o adiamento da reunião em "caráter de urgência", o PDT ressaltou que o motivo é a "melhor adequação da formatação das alianças".

"À meia-noite do dia 30 ficam esgotados os prazos legais, então temos um espaço de tempo ainda", ponderou o presidente do PMDB paranaense, deputado estadual Waldyr Pugliesi.

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Os partidos estão a reboque da confirmação ou não do senador Alvaro Dias (PSDB), irmão de Osmar, como vice de Serra. "Veio complicar a resolução que nós estávamos encaminhando aqui porque o senador Osmar Dias ficou numa posição desconfortável perante a família com essa possível candidatura do irmão", destacou o peemedebista. Se se lançar ao governo, Osmar estará aliado ao PMDB e ao PT e dará apoio no estado a Dilma, adversária do tucano José Serra e de seu possível vice, Alvaro, na disputa presidencial.

Primeiro pré-candidato

Nas eleições de 2006, Osmar disputou o governo estadual contra o ex-governador Roberto Requião (PMDB). Fez 2.658.132 votos, perdendo a disputa por apenas 10.479 votos. Um dia depois, já se lançava como pré-candidato ao Palácio Iguaçu na eleição de 2010, tornando-se assim o primeiro nome para a disputa deste ano.

Com boa votação na última eleição e bom trânsito entre prefeitos do interior do estado, Osmar passou a ser disputado pelos dois lados da disputa nacional. Amigo de Serra e ex-filiado ao PSDB, ele sempre esteve com os tucanos em eleições no Paraná, tanto que chegou a consultar a direção nacional sobre a possibilidade de mais uma coligação com os tucanos – o que lhe foi negado. Mas, por outro lado, como integrante da base do governo Lula, também é cortejado para que Dilma tenha palanque forte no estado.

O senador pedetista já tinha dito várias vezes que não disputaria uma eleição contra o irmão. Por isso, a expectativa é que ele anuncie que vai concorrer à reeleição ao Senado e não ao governo. Nesse caso, o governador Orlando Pessuti (PMDB), que admitiu abrir mão de sua candidatura em favor de Osmar, voltaria para a disputa.

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