O defensor público Pedro Gilberti afirmou em entrevista ao SPTV que corpos e laudos de mortos durante a última semana na capital paulista indicam lesões compatíveis com ato de execução, mas afirmou que é ainda cedo para tirar conclusões. Segundo ele, não cabe à Defensoria Pública investigar, mas prestar assistência jurídica à população pobre e orientar sobre seus direitos.
- O papel da Defensoria é fazer valer estes direitos - disse Gilberti, acrescentando que, se comprovadas mortes de inocentes, as famílias serão orientadas a buscar na Justiça indenização do Estado.
Na manhã desta segunda-feira, uma mulher que não quis se identificar foi reconhecer o corpo de um primo morto no Instituto Médico Legal (IML). Ela disse ter testemunha de que policiais colocaram quatro jovens num camburão, entre eles o primo dela, que depois apareceram mortos. Contou ainda que o primo foi morto com um tiro na boca, um no coração, um na virilha e um no joelho.
Doze corpos ainda aguardam identificação no Instituto Médico Legal, nove deles com marcas de bala.