O advogado do banqueiro Daniel Dantas em Nova Iorque, Philip Korologos, enviou uma carta à secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, para pedir "qualquer ajuda que o Departamento de Estado possa oferecer" para tentar "destruir todos os relatórios existentes, arquivos ou outros documentos criados pela Polícia Federal ou qualquer braço do governo federal brasileiro" e que contenham dados relativos ao seu escritório de advocacia.

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Os dados integram o inquérito da Operação Satiagraha, desencadeada pela PF em julho , e que levou Dantas à prisão por duas vezes.

A estratégia da defesa de Dantas é alegar que a PF feriu o sigilo de comunicação entre advogados americanos, que seria assegurado por lei nos EUA. Não há notícia de que a carta tenha sido recebida ou respondida por Condoleezza.

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A voz de Korologos foi interceptada com ordem judicial quando ele conversava com a advogada brasileira Danielle Silbergleid Ninio. Falam sobre um suposto pedido de suborno para que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) retirasse processos administrativos contra o grupo financeiro.

Segundo a transcrição feita pela PF, a advogada do Opportunity diz, em junho: "Demos duro na FCC brasileira (Anatel) para encerrar todos os processos administrativos e eles disseram que os retirariam se nós pagássemos algum dinheiro para eles, mas para os processos criminais fica mais difícil". A Folha de S. Paulo enviou um e-mail a Korologos para pedir explicações sobre o diálogo, mas não houve retorno.