O ministro Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal (STF) afirmou nesta segunda-feira (20) que deve haver um limite para a delação premiada. Sem falar diretamente sobre a investigação sobre corrupção dentro da Petrobras --que avançou graças à possibilidade da delação-- Barroso avaliou que este tipo de mecanismo não pode ser usado de forma desproporcional.
"Num Estado democrático de direito, para tudo há um limite, nada é absoluto. Não acho que a delação premiada possa funcionar como um 'bill' de indenidade: eu cometo um crime, depois confesso, acuso alguns e estou fora", exemplificou o ministro, que nesta segunda-feira (20) participou a 22ª Conferência Nacional dos Advogados.Barroso mencionou, no entanto, que muitas nações democráticas, como Itália e Estados Unidos, fazem uso da delação premiada. "Se usada na medida certa, é um mecanismo positivo", afirmou o ministro.