Vereadores de Foz do Iguaçu: investigação por parte da Justiça.| Foto: Comunicação / CMFI

O mesmo conteúdo das delações premiadas utilizado para embasar a abertura do processo de impeachment contra Reni Pereira na Câmara Municipal, também acusa a prática de pagamentos de propina à parlamentares em troca de apoio político ao prefeito.

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Os meandros do esquema de corrução revelado pela Polícia Federal (PF) vieram à tona após acordos firmados com o ex-diretor de pavimentação da Secretaria de Obras, Aires Silva, e os empresários Nilton João Beckers, Vilson Sperfeld, Fernando Bijari e Edson Queiroz Dutra.

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Neste sentido, após analisar o conteúdo das delações, o Ministério Público Federal (MPF) afirma, sem mencionar nomes dos vereadores envolvidos, que ex-secretários municipais eram responsáveis por repassar o dinheiro aos parlamentares.

“Em linhas gerais, após a empresa ser vencedora da licitação, comumente mediante fraude, os pagamentos e outras facilidades somente eram realizados se participassem para o descaminho da verba pública, realizado através de fraudes na medição da obra. O montante pago indevidamente às empresas era entregue, geralmente, ao secretário de obras ou ao diretor de pavimentação, que por sua vez o repassava para o Reni Pereira e para o pagamento de propina a determinados vereadores, denominado de “mensalinho”, para que estes votassem de acordo com os interesses do prefeito e da organização criminosa”, sustenta o MPF. Os valores da propina são estimados em R$ 10 mil mensais a cada parlamentar membro do esquema.

Procurada pela reportagem, a Câmara Municipal de Foz Iguaçu informou, por meio de sua assessoria de comunicação, que não irá comentar o caso em função de não ter sido notificada oficialmente de nenhuma acusação relacionada.

O MPF estima que tenham sido desviados ao menos R$ 4 milhões de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Sistema Único de Saúde (SUS). O prefeito nega todas as acusações.

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