O delator do esquema de corrupção no Distrito Federal, Durval Barbosa, disse ao Ministério Público que fez outro repasse entre R$ 30 mil e R$ 50 mil, "a título de propina", para a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF), além dos R$ 50 mil entregues no vídeo revelado pelo portal estadão.com.br no dia 4 de março. O esquema de corrupção no DF foi revelado a partir da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, deflagrada em novembro de 2009.

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Segundo Barbosa - que foi secretário nos governos de Joaquim Roriz e de José Roberto Arruda -, esse novo repasse foi feito ao marido de Jaqueline, Manoel Neto, a pedido da própria deputada.

Os valores foram entregues dias depois da gravação do vídeo, relata o depoimento: "Em outra oportunidade, em data que não se recorda, Manoel Neto, representando Jaqueline Roriz, compareceu ao gabinete do depoente, oportunidade em que recebeu entre R$ 30 mil e R$ 50 mil das mãos do depoente", descreve o documento. "Valores que também haviam sido recolhidos junto aos prestadores de serviço de informática do governo."

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As declarações foram dadas no dia 13 de janeiro ao Ministério Público do DF e integram o inquérito da Polícia Federal, a cujo teor o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso. A reportagem procurou Jaqueline, mas não a encontrou para comentar o teor do depoimento de Durval Barbosa. Em nota divulgada quando o vídeo foi revelado, a deputada alegou que o dinheiro entregue por Barbosa era recurso não contabilizado de campanha. Ela, porém, nunca falou sobre a origem do dinheiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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