Os líderes do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), e na Câmara, Pauderney Avelino (AM), protocolaram nesta segunda-feira (7) na Procuradoria-Geral da República uma representação contra a presidente Dilma Rousseff por improbidade administrativa.
O documento questiona as despesas da viagem da presidente Dilma Rousseff a São Paulo no sábado (5) para prestar solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo.
Lula foi alvo da 24ª fase da Operação Lava Jato na sexta (4), quando foi levado para depor na Polícia Federal. No dia seguinte, Dilma viajou acompanhada do ministro Jaques Wagner (Casa Civil). De São Paulo, a presidente viajou para Porto Alegre, onde passou o restante do final de semana com a família.
De acordo com os líderes do DEM, Dilma usou a máquina pública para uma viagem “sabidamente político-partidária” e acusam a presidente de ter transformado o “suposto encontro pessoal em um verdadeiro ato político de desagravo do seu correligionário contra uma decisão da Justiça Federal”. Para Caiado, o ato de desagravo é “mais grave do que o gasto com a viagem”. “Ali ela não representava o Estado brasileiro”, disse.
Os parlamentares pedem que Dilma seja obrigada a ressarcir os cofres públicos com o valor gasto pelos deslocamentos.
“A presidente jamais poderia ter usado da sua prerrogativa de chefe de governo, de chefe de Estado e ter se deslocado a São Bernardo às custas da União, dos cofres públicos para poder ir lá se solidarizar com uma pessoa que está sendo investigada pela operação Lava Jato”, disse.
“O deslocamento dela para fins pessoais é permitido, mas não vamos confundir os sinais. Uma coisa é ter a convivência da família, outra é ir prestar solidariedade a alguém que está sendo investigado pela Justiça do seu país”, completou.
O senador afirmou ainda que a presidente deveria agir como agiu durante a campanha eleitoral à sua reeleição quando os gastos de viagem e outros eram custeados pelo PT.
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